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FISCALIZAÇÃO

Adepará apreende mais de 16 toneladas de pescado ilegal em Icoaraci

Carga veio do Amapá e tinha como destino o sul do país

Por Monique Hadad (UEPA)
08/04/2020 15h27

Mais de 16 toneladas de pescado irregular foram apreendidas, esta semana, pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) durante fiscalização no porto do distrito de Icoaraci. Cerca de 1,5 tonelada, que estava apta para consumo, foi doada. O restante precisou ser descartado por estar impróprio para o consumo.

A doação dos produtos em bom estado foi entregue à Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda do Estado do Pará (Seaster). O pescado teve como destino abrigos de Belém, entre eles o localizado no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, que acolhe pessoas em situação de rua.

A carga confiscada estava sendo transportada de caminhão, em uma balsa, e seria comercializada. O veículo veio do estado do Amapá e tinha como destino o sul do Brasil. A Adepará, em conjunto com o Grupamento Fluvial (Gflu), interceptou o carregamento quando o caminhão estava desembarcando no porto. A maioria dos produtos (peixes inteiros e filetados) estava sem rótulo e embalagem, descumprindo as exigências da legislação sanitária. 

Além disso, o condutor do caminhão apresentou o documento do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) do Amapá, portanto, os produtos somente tinham autorização para comércio dentro do estado em que o estabelecimento foi registrado. 

Controle - Segundo Jamir Macedo, diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adepará, controlar o trânsito de animais, produtos e subprodutos de origem animal é uma das atribuições da Agência. “Durante essas ações, observamos a condição em que o produto foi exportado, se ele está em veículo apropriado e se há documentações necessárias para que ocorra o transporte”, explicou.

De acordo com o diretor, esse tipo de iniciativa está sendo intensificada. A atividade evita a entrada ou saída de produtos elaborados sem a inspeção sanitária oficial, que podem oferecer riscos à saúde da população. “Objetivamos coibir o transporte inadequado de produtos, para resguardar a saúde do consumidor final”, concluiu Jamir.