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Software identifica aglomerações e vai ajudar no combate à pandemia de Covid-19

É mais uma ferramenta para conter o avanço da doença, já que em muitos bairros da Região Metropolitana o índice de pessoas nas ruas se aproxima de 50%

Por Carol Menezes (SECOM)
08/04/2020 00h37

Em parceria com uma empresa brasileira, o Governo do Pará desenvolveu um software capaz de fornecer uma amostra percentual de quantas pessoas, por bairro e/ou localidade, estão cumprindo as medidas de isolamento e distanciamento social. Em transmissão on-line na noite desta terça-feira (7), o governador Helder Barbalho alertou para o baixo índice de isolamento dos últimos dias, de apenas 40%, na contramão do contágio pelo novo Coronavírus, que cresce de forma exponencial na capital, Belém, e no interior.

Ser ter acesso aos dados pessoas do usuário, a tecnologia consegue detectar os sinais de telefone celular presentes em determinada área, e por amostragem concluir onde há ou não aglomeração. A metodologia deve embasar as próximas estratégias de mobilização voltadas ao combate da pandemia.

"Faço um apelo para que as pessoas possam continuar no isolamento, e tenham a compreensão da própria contribuição, que esse novo mecanismo de tecnologia pode aferir a partir de agora", frisou o governador.

O secretário Ualame Machado disse que operações serão realizadas onde o isolamento está aquém do desejadoDe acordo com dados da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), ligada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), os cinco melhores índices do Estado na última segunda-feira (06) foram em Tracuateua, com 83,3%; Inhangapi, 78,9%; Santa Cruz do Arari, 73,9%; Chaves, 71,1%, e Terra Alta, com 70%. Os piores índices foram registrados em Jacareacanga, com 41%; São Geraldo do Araguaia, 40,7%; Floresta do Araguaia, 39,5%; Conceição do Araguaia, 39,3%, e Rio Maria, com 37,3%.

"Em qualquer tipo de enfrentamento estratégico tático-operacional a informação é peça fundamental para a otimização do emprego de recursos", explicou o titular do Siac, André Costa. "O diferencial dessa ferramenta é a possibilidade da observação das aglomerações, onde estão ocorrendo e de que tipo de dinâmica se trata. Com base nesses dados, são implementadas políticas para que essas situações sejam diminuídas ou evitadas", reiterou.

"A partir das medidas decretadas pelo governo do Estado, fazemos o monitoramento e organizamos operações voltadas aos bairros e municípios em que o isolamento está aquém do desejado, tanto de incentivo para que pessoas fiquem em casa, quanto de repressão quando necessário", ressaltou Ualame Machado, titular da Segup.

Índices de isolamento em Belém, em 06 de abril de 2020

Piores índices (por bairro):
Campina - 32,1 %
Pratinha - 34,9%
Águas Negras - 31,4%
Jaderlândia - 41,7%
Maracacuera - 42,4%

Melhores índices:
Atalaia - 75%
Água Boa - 72,7%
Tenoné - 70,8%
Coqueiro - 70,4%
Una - 66,8%

Índices de isolamento em Ananindeua, em 06 de abril

Piores índices (por bairro):
Guanabara - 46,4%
Águas Lindas - 46,7%
Heliolândia - 48,1%
Icuí-Laranjeira - 48,5%
Atalaia - 49,1%

Melhores índices:
Curucambá - 83,3%
Jiboia Branca - 76,1%
Jaderlândia - 72,3%
Júlia Seffer - 68,9%
Águas Brancas - 68,7%