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Ação Integrada leva informações e serviços à escola em Cotijuba

Por Redação - Agência PA (SECOM)
09/06/2017 00h00

Marinha do Brasil, Governo do Estado e Prefeitura de Belém realizaram, nesta sexta-feira, 9, Ação Integrada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Marta Conceição, em Cotijuba, distrito de Belém, para levar lazer, informações e serviços à comunidade da ilha.

Foram dez palestras ministradas para cerca de 600 alunos, sobre diversas temáticas, como acidentes domésticos, prevenção ao escalpelamento, prevenção ao uso de drogas, trabalho infantil, violência sexual e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

As atividades iniciaram no pátio da escola, com apresentação da banda de Música da Guarda Municipal, que além de tocar, também apresentou a funcionalidade de cada instrumento musical aos alunos. Houve ainda apresentação do grupo de teatro de educação para o trânsito da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), entre outros.

Em seguida, os alunos seguiram para as salas, onde assistiram atentamente às palestras. A diretora da Escola, Lorena Saem, detalha que ações integradas são uma oportunidade para a comunidade escolar obter informações extraclasse. “Sentimos a necessidade de informações sobre os assuntos que estiveram em debate hoje durante a ação, pois servem  para orientar os nossos jovens a construírem diálogos sobre questões que envolvem o cotidiano deles, como trabalho infantil e segurança nas embarcações, uma vez que nas ilhas é esse o principal meio de transporte, entre tantos outros que  fazem parte da vida dos moradores”, disse.

As técnicas da Coordenação de Ações Educacionais Complementares (Caec) da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) Rafaella Rêgo (psicológa) e Flávia Nascimento (socióloga) fizerem palestra sobre trabalho infantil, que atinge cerca de 90% dos moradores da ilha em idade escolar. Elas destacaram que é uma abordagem muito delicada, pois o trabalho infantil é naturalizado nas famílias que vivem nas ilhas, que têm a coleta de açaí e a pescaria como atividade de subsistência e contam com a ajuda dos filhos no sustento da família.

“Temos que informar aos pais e alunos as consequências negativas no desenvolvimento biopsicossocial, mas principalmente, sobre os prejuízos relacionados à aprendizagem, ou seja, que essas famílias tenham o entendimento de que a escolarização é responsável pela mobilidade social de cada um deles, de terem uma perspectiva de vida diferenciada”, disse Rafaela.

Os pais de Marcos Vinicius Santos, de 12 anos, que está no 7º ano do ensino fundamental, entenderam a importância do menino apenas estudar. "Meus pais trabalham com a retirada e a venda do açaí, mas eu e meus irmãos que estamos matriculados não trabalhamos. Eles nos incentivam a se dedicar mais à escola", disse.

Já a estudante Fábia Luz, 15, trabalha aos finais de semana em uma pousada na ilha. "Trabalho com a parte de faxina, principalmente no período que a ilha recebe muitos turistas. O trabalho é uma forma de ter algum dinheiro para meu sustento", disse. 

A Escola Professora Marta da Conceição tem cerca de 600 alunos matriculados no ensino fundamental menor (1º ao 5º ano) maior (6º ao 9º), ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Estão matriculados na escola, além de estudantes da ilha de Cotijuba, moradores das ilhas Jutuba I e II, Paquetá, Ilha Nova e Urubuoca.