Projeto de repovoamento de peixes no rio Tocantins tem apoio da Adepará
Com o retorno de diferentes espécies haverá o aumento do poder aquisitivo dos pescadores e o Estado vai importar menos pescado
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) vem dando suporte fundamental para a execução de um projeto arrojado: repovoar o rio Tocantins com espécies de peixes autóctones, na região do Araguaia. A iniciativa é da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e cabe à Agência fiscalizar as demandas que dizem respeito à sanidade dos animais oriundos de criatórios artificiais, contemplados pela ação. O objetivo: gerar emprego e renda para a população.
Em um primeiro momento, a meta é proporcionar a volta, ao rio Tocantins, de espécies como pacú manteiga, pacú, curimatá, matrichã e jaraqui. Com o retorno dos animais, haverá o aumento do poder aquisitivo dos pescadores e o Estado vai importar menos pescado, principalmente do Maranhão. A falta de peixes na bacia do Araguaia - Tocantins causa forte impacto na economia da região, afetando, sobretudo, os pescadores profissionais.
Isso já foi debatido em um grupo de trabalho formado por representantes da Adepará, Sedap, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais, além de outras instituições e várias secretarias municipais e colônias de pescadores.
“Também pensamos na criação de um frigorífico para peixes. Dessa forma, os pescadores poderão agregar valor à sua mercadoria. Daremos prioridade a essas espécies, nesse começo de projeto”, informa Geraldo Teotônio Pereira Jota, gerente regional da Adepará em Marabá, que é graduado pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba (MG).
Fiscalizar, cadastrar e acompanhar as particularidades sanitárias de criatórios artificiais, como lagos, represas, açudes e tanques, são as atribuições da Adepará. “Agora vamos atrás da tecnologia adequada para implantar as ações, a exemplo da construção de tanques e açudes, para criarmos as matrizes, tirarmos os alevinos e, num outro momento, fazer o pré-crescimento deles”, acrescenta o gerente da Adepará. O passo seguinte é desaguar os peixes de forma que haja o mínimo de perda possível, no processo de transição dos tanques para o rio.
Filhotes - Alevinos são os filhotes de peixes. Essa é a fase logo após o nascimento, quando saem dos ovos. No momento em que os pescadores e técnicos dos criatórios já dispuserem desses filhotes, em tanques-rede e açudes, por exemplo, a Adepará vai trabalhar em sua legalização, enquanto empreendedores.