Barcarena vai receber a elite do triatlo brasileiro em junho
O Amazônia Endurance, a prova de triatlo mais conhecida do norte do Brasil, será realizada no período de 23 a 25 de junho, em Barcarena com largada e chegada na praia do Caripi, próxima à Vila dos Cabanos. Além da premiação de R$ 40 mil, o cenário da prova, com percursos entre rio, florestas e ribeirinhos, é outro grande atrativo.
A natação, nas águas do rio Pará, terá um percurso de 1.6k e a temperatura da água será em média de 25° o que possibilita aos triatletas nadarem sem a roupa de borracha. Depois da natação, eles vão pedalar 50k e correr 12k. A grande novidade é que a prova premia o campeão geral com R$ 9 mil, ele sendo ou não da elite, nas categorias masculino e feminino. “Essa forma de premiação é inédita no Brasil”, reforçou o organizador do AE, Magno Macedo.
Atletas conhecidos em todo o Brasil já confirmaram participação. Dos 14 inscritos para elite, oito são homens e seis mulheres. Entre os homens estão Chicão Ferreira, Paulo Maciel e Diogo Sclebin. Já na categoria feminina, um dos principais nomes é Bia Neres. Ela venceu a última edição da marca IronMan 70.3, em Palmas, no dia 23 de abril, e mais recentemente subiu ao pódio do Rio Triathlon na categoria standard, também conhecida como modalidade olímpica.
Regional - Mas também tem paraense dessa disputa. A triatleta Crys Seabra, primeira mulher do Pará a participar de uma prova de IronMan. A dedicação de Crys tem um foco, o mundial do Ironman em Kona, no Havaí. Conciliar a vida de ironman com a de mãe, esposa e profissional é outro desafio. “Meu filho mais velho está em ano de vestibular, precisa da minha atenção redobrada e faço isso com prazer. Como dentista e fonoaudióloga, a dedicação é diária. Tenho ainda outro filho e o marido. E toda essa rotina acaba ajudando o treino porque me exige muito mais e o esforço faz parte da preparação”, relata.
Cenário - A cidade de Barcarena, palco da prova, mostra que tem vocação para o esporte endurance. O município fica a 87km da capital e já está toda envolvido com a prova, os comerciantes se organizam para oferecer o melhor do cardápio paraense aos visitantes, além de elaborarem pratos que se encaixam na dieta dos atletas.
É uma cidade cheia de curiosidades, voltada para a produção de bauxita. Lá se chega de carro ou de transporte fluvial, com viagens feitas em barcos e lanchas rápidas. O rio Pará é de água doce e tem marés e pequenas ondas. O calor é forte, temperatura média varia entre 28° e 33° com umidade sempre alta, em torno de 90%. Se isso é ruim para o triatleta? Não! Quanto mais o clima exige, mais eles se preparam para se superarem.
Texto: Francy Rodrigues