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Lacen treina profissionais para coleta de amostras suspeitas de Covid-19

A capacitação preparou equipes técnicas dos Centros Regionais de Saúde e de hospitais das redes pública e privada

Por Roberta Vilanova (SESPA)
04/03/2020 18h47

O secretário Alberto Beltrame disse que o Sistema está preparado porque para o enfrentamento do Covid-19O Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) realizou, nesta quarta-feira (4), mais um treinamento em coleta e transporte de amostras de casos suspeitos de Covid-19 (Coronavírus), destinado a técnicos dos Centros Regionais de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e hospitais públicos e privados.

O objetivo foi atualizar os profissionais sobre os procedimentos que devem ser cumpridos para que a amostra de material coletado de paciente com suspeita de Covid-19 atenda à condição adequada para ser analisada pela equipe da Secção de Virologia 1, da Divisão de Biologia Médica do Lacen.

Durante o evento, o Laboratório foi informado pelo Ministério da Saúde que foi escolhido para fazer o diagnóstico laboratorial do SARS-CoV2, por isso receberá kits específicos. Os técnicos do Lacen-PA serão capacitados pelos Laboratórios de Referência assim que os kits chegarem, o que deve ocorrer na próxima semana, pois a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ainda produzirá esses kits para distribuição.

Os profissionais ampliaram conhecimentos sobre como proceder a coleta de materialO treinamento contou com a presença de profissionais do 2º, 5º, 7º, 10º e 12º Centros Regionais de Saúde, Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira; Hospital Regional Público do Araguaia (HRPA), em Redenção; Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Belém (distrito de Icoaraci); Hospital Regional de Conceição do Araguaia; Hospital Regional de Cametá e Hospital Santa Luísa de Marilac, também em Cametá.

Experiência - O secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, transmitiu tranquilidade aos participantes do treinamento, dizendo que apesar de representar um grande desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS) lidar com um novo vírus SARS-CoV2, o Sistema está preparado porque tem experiência com esse tipo de enfrentamento, como H1N1 em 2009 e o Zika vírus em 2015. “Diferentemente de outros países, o Sistema de Saúde do Brasil garante a adoção de critérios únicos em todo o País, e nos torna melhor preparados para enfrentar o novo coronavírus”, afirmou o titular da Sespa.

Alberto Beltrame alertou, no entanto, que ainda se conhece pouco do comportamento do coronavírus, apesar de ter registrado taxa de mortalidade considerada baixa até o momento. “Pode ser que tenha sazonalidade semelhante à do H1N1, mas isso ainda não está confirmado. É importante que as três esferas de governo estejam com suas ações alinhadas para manter a vigilância e proteger à população. Ele agradeceu a cada um dos profissionais pela manutenção do compromisso com a comunidade.  

O diretor do Lacen-PA, Alberto Júnior, lembrou que esse tipo de treinamento já faz parte da rotina do Laboratório, que além de realizar diversos tipos de análises é responsável pela preparação dos profissionais dos Centros Regionais de Saúde da Sespa, e ainda dos hospitais públicos e privados. “Queremos ampliar o número de pessoas capacitadas nos municípios para esse trabalho”, acrescentou Alberto Júnior.

Além da capacitação, o Lacen-PA fornece aos hospitais públicos e privados, e também laboratórios privados que prestam serviços aos hospitais públicos, todo o material de coleta - meio de cultura, swab de coleta e caixa para transporte.A Sespa investe na preparação dos profissionais para situações de emergência

Segundo a vice-diretora do Lacen-PA, Valnete Andrade, a coleta de amostra de casos suspeitos de Covid-19 é semelhante à coleta de H1N1. Portanto, a maioria dos profissionais está passando por atualização para seguir corretamente o protocolo laboratorial. “É muito importante fazer essa atualização, para que haja pessoas preparadas para atender às situações que ocorrerem, já que o novo vírus pode entrar por qualquer município do Estado”, ressaltou.

Valnete Andrade disse ainda que o Lacen-PA se preparou para essa situação, e é fundamental que os municípios também estejam. “Se cada um fizer o seu papel corretamente, o fluxo laboratorial ocorrerá tranquilamente”, afirmou.

Programação - A parte teórica do treinamento foi ministrada pela farmacêutica-bioquímica Ana Kelly Gomes da Silva, da Divisão da Rede de Laboratórios, e pela farmacêutica Ilvanete Almeida, da Seção de Virologia 1, da Divisão de Biologia Médica.

No primeiro momento, Ana Kelly Gomes apresentou a legislação atual e falou sobre o trabalho que o Lacen-PA desenvolve na Rede de Laboratórios do Pará, principalmente como instituição de capacitação profissional.

Em seguida, Ilvanete Almeida apresentou todas as etapas do processo que deve seguido para a coleta, armazenamento e transporte de amostras de casos suspeitos de Covid-19. “A coleta pode ser feita tanto numa unidade de saúde, quanto num hospital ou casa. O importante é atender aos critérios epidemiológicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Mas é fundamental que a coleta seja feita em tempo hábil e enviada para o Lacen de acordo com o padrão”, frisou a farmacêutica.

O biomédico Marcus Flávio Magalhães Mesquita informou que pretende repassar todas as informaçõesMais conhecimento - O biomédico Marcus Flávio Magalhães Mesquita, que veio de Conceição do Araguaia, no sul do Pará, representando o 12º CRS da Sespa, informou que já está treinado para a coleta de H1N1, e que seu objetivo é repassar todas as informações aos profissionais responsáveis pela área laboratorial dos 15 municípios que compõem o 12º CRS. “A forma de coleta é basicamente a mesma do H1N1, mas foi frisada bastante aqui a importância de a coleta ser bem feita, porque isso é muito importante para a obtenção do resultado em casos suspeitos de Covid-19”, ressaltou o biomédico.

A enfermeira Salma Lopes Lujan e a biomédica Edlainny Ribeiro, oriundas do município de Redenção, onde atuam no Hospital Regional Público do Araguaia (HRPA), aprovaram as informações recebidas.A enfermeira Salma Lopes Lujan e a biomédica Edlainny Ribeiro saíram de Redenção para o treinamento em Belém

Edlainny Ribeiro, que já estava treinada em H1N1, ficou mais tranquila após as novas informações. “Nossa preocupação, agora, é repassar essa tranquilidade para os colegas. Se a gente seguir o protocolo e usar os EPIs (equipamentos de proteção individual) de forma correta, estaremos preparados para atender aos casos suspeitos de Covid-19”, afirmou a biomédica.