Pará lidera ranking do Norte entre os estados que mais contrataram jovens aprendizes em 2019
As ações desenvolvidas pelo Governo do Estado voltadas à atração de novos investimentos para a região, à capacitação profissional e ao incentivo de políticas públicas, favoreceram o aumento das contratações de jovens aprendizes, no Pará, em 2019. É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese no Pará) nesta quarta-feira (26). Foram 7.677 contratações formais no ano passado.
Os números que colocam o Pará no topo do ranking entre os estados do Norte que mais empregaram jovens aprendizes no país.
"Várias ações que estão sendo colocadas em prática pelo Governo do Estado abrem portas, facilitam as contratações de jovens. Não só no Pará, mas no Brasil todo, o quantitativo de jovens que está batendo à porta do mercado de trabalho é muito grande, então na hora que o Estado na região Norte é o principal contratador isso é um dado muito positivo", ressaltou o supervisor técnico do Dieese no PA, Roberto Sena. De acordo com ele, o Pará contratou 37% do total de jovens no Norte. "Isso significa que a cada quatro vagas na região, uma foi gerada pelo Pará”, explica Roberto Sena.
O setor do comércio foi o que mais contratou (37,8%), seguido pelo setor de serviços (29, 3%) e pelo setor da indústria de transformação, que abriu 1.268 vagas, correspondendo a 16,5% do total. Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Iran Lima, esses dados são resultado de um esforço de gestão que prioriza políticas públicas com foco na geração de emprego, sobretudo, estimulando os jovens que desejam ingressar no mercado de trabalho.
"Nós somos um dos estados que mais gerou empregos em 2019. O governo abre às portas para aqueles que queiram investir no Pará e, com isso, melhoramos o atendimento à nossa população, dando a competitividade e ampliando a geração de emprego e renda para o nosso povo”, afirmou o titular da Sedeme.
Para Roberto Sena do Dieese, as políticas de aprendizagem têm sido uma ferramenta utilizada no país inteiro para facilitar a entrada e a permanência dos jovens no mercado de trabalho, além da garantia dos seus direitos. "De cada 10 jovens aprendizes, seis continuam empregados após o término do contrato”, ressalta o representante do Dieese, informando que essas ações fortalecem o mercado e geram oportunidades aos jovens.
Uma das iniciativas estaduais que se destacaram nesse segmento foi o lançamento do Programa Primeiro Ofício, em setembro de 2019, que busca parcerias com empresários para oferecer oportunidades de primeiro emprego aos jovens em situação de vulnerabilidade social. As empresas que firmam a parceria com o programa, se comprometem em garantir 30% das vagas para jovens que cumprem medidas socioeducativas em unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), egressos do sistema penitenciário ou filhos de detentos, além de moradores dos bairros atendidos pelo Programa Territórios pela Paz (TerPaz).
O Programa representa a iniciativa do Estado em priorizar a assistência aos jovens paraenses, com o objetivo de diminuir as condições de pobreza e prevenir a violência. Segundo o antropólogo e professor, Romero Ximenes, dar oportunidade de trabalho aos jovens pode influenciar, diretamente, na diminuição da violência no Estado. “A violência decorre, especialmente, da privação do acesso desses jovens a serviços e a bens que eles sentem necessidade, então quando eles têm a oportunidade de garantir o seu consumo ou lazer, a situação é diferente”, afirma o antropólogo.
O professor ainda ressalta que é muito importante para o jovem ter a oportunidade de ser contratado como aprendiz. “Além de estarem amparados por leis que asseguram um ambiente de trabalho saudável e sem riscos, os jovens podem continuar estudando, dentro de um processo de aprendizagem, o que ajuda no processo de socialização e na formação de um futuro profissional com experiência e com várias oportunidades”, garante Ximenes.
Segundo os especialistas, a perspectiva é de um crescimento ainda maior das contratações em 2020. “Esse modelo de contrato tende a crescer, especialmente pelas políticas estatais que fortalecem e intensificam as contratações desses jovens no Estado do Pará”, garante Roberto Sena.