Polícia Civil deflagra operação 'Pilsen Premium' na sede da Cerpasa
A Diretoria Estadual de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Pará fez, na manhã desta quarta-feira (19), uma operação na sede da empresa Cervejaria Paraense S.A (Cerpasa), atendendo a um pedido do Ministério Público do Estado (MPE) para cumprimento de mandado de busca e apreensão de documentos. O objetivo é apurar possível fraude tributária.
A Operação "Pilsen Premium" contou com 33 policiais civis, 09 peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, três servidores da Procuradoria Geral do Estado e quatro do Inmetro Pará. Foram apreendidos documentos físicos e arquivos digitais produzidos nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019.
"O procedimento visa apurar o crime de Lavagem de Dinheiro, tendo como indícios de crime antecedente a sonegação fiscal apontada em três autos de infrações lavrados pela Secretaria da Fazenda do Pará (Sefa) que, após o devido processo administrativo concluído, houve a inscrição do crédito tributário na dívida ativa do Estado, bem como foram objetos de apuração pela Divisão de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT)", explicou o delegado-geral Alberto Teixeira.
De acordo com a Sefa, a Cerpasa é uma das maiores devedoras de impostos do Pará, acumulando uma dívida fiscal de aproximadamente R$ 2 bilhões. "Apenas cumprimos o mandando de busca e apreensão de documentos escritos e em arquivos digitais nos diversos setores e departamentos da empresa como administração, financeiro, contábil, comercial, diretorias, presidência, produção, estoque e marketing" enfatizou o titular da Polícia Civil.
A ação contou com a participação de representantes da Procuradoria Geral do Estado que compõe o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado do Pará (CIRA/Pará) para auxiliar na análise documental e produção de provas. Também participaram da diligências, servidores do Inmetro Pará, com o objetivo de verificar a parte de produção e estocagem do produto com a possível aferição da produção para confrontar com as informações constantes dos documentos apreendidos.
Os servidores do CPC Renato Chaves estão responsáveis pela extração e cópias de dados de informática das máquinas e servidores da empresa, para a produção de laudo pericial sobre o material extraído. A diligência foi acompanhada por dois advogados da empresa.