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PROJETO FAB LAB

Estudantes ganham incentivo de pesquisadores

Por Redação - Agência PA (SECOM)
20/06/2017 00h00

A aprendizagem da ciência e tecnologia por parte dos estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Nagib Matni Coelho, no bairro do Sideral, ganhou nesta segunda-feira, 19, o incentivo de pesquisadores do projeto Fab Lab da Guiana Francesa e de Belém.

A visita dos pesquisadores serviu para a demonstração de ações pedagógicas com uso de tecnologias desenvolvidas a partir de pesquisas escolares e do reaproveitamento de material reciclável. E criou um clima diferente na escola, motivando  os estudantes e professores, que exibiram a produção do Projeto Lúdico de Ensino de Ciência e Engenharia (Plece), desenvolvido na escola desde 2015.

O Fab Lab surgiu no Instituto Tecnológico de Massachussets (EUA) e prega a “educação maker”, ou seja, qualquer pessoa pode fazer coisas incríveis se tiver as ferramentas certas nas mãos, como observou o professor Bruno Ricardo Santos, coordenador do Plece na escola. O movimento Fab Lab chegou neste ano a Belém e está sediado no Parque Tecnológico do Guamá, onde nesta terça-feira, 20, estudantes da Escola Nagib Matini mostrarão suas criações, inclusive usando a robótica.

Os estudantes conferiram o funcionamento de uma impressora 3D e de um “piano com legumes e frutas” e assistiram a uma palestra sobre os princípios da estereoscopia (técnica de visualização em 3D). “Eu acompanhei tudo. Gostei da impressora 3D, que faz com que saia dela um objeto. Eu quero trabalhar com eletrônica desde que tinha quatro anos e via o meu tio mexer com isso”, declarou o estudante João Pedro Frazão, 12 anos, do 6º ano do Ensino Fundamental.

Ao buscar uma parceria com o Fab Lab Belém sobre impressoras 3D, o professor Bruno Santos acabou sendo convidado para atuar nos projetos educacionais da instituição. Essa parceria da Escola Nagib Mtini e o Fab Lab de Belém possibilitou a visita dos pesquisadores franceses à escola, na manhã desta segunda-feira, 19. O projeto de intercâmbio entre o Fab Lab de Saint-Laurent du Maroni (Guiana Francesa), chamado de Kazlab, com o de Belém é viabilizado pela Aliança Francesa, com apoio da Direção dos Negócios Culturais da Guiana Francesa (DAC Guyane).

A equipe de pesquisadores, técnicos e dirigentes de instituições em visita à escola reuniu Rudi Floquet, diretor de La Kazlab; Mévénig Baron, técnico responsável por La Kazlab, e o diretor executivo do Fab Lab Belém, Thiago Kunz; o diretor operacional do Fab Lab Belém, Vinícius Miguel; a diretora executiva da Aliança Francesa, Maiwenn Le Nedellec, e o professor Bruno Ricardo Santos, da Escola Nagib Matni.

As atividades na escola serviram para mostrar aos estudantes como é possível fazer, por exemplo, um óculos para visão 3D a partir de embalagem plástica de bombom e duas canetas. “Notei os estudantes muito interessados e espero contribuir um pouco com o futuro deles como cidadãos”, afirmou Mévénig Baron.

Aprendizado

A estudante do 7º ano, Ruthelle Maia, de 13 anos, gostou de ver os elementos condutores de eletricidade que compõem o “piano com legumes e frutas”, demonstrado por Rudi Floquet, que ensinou os estudantes a “comporem” arranjos musicais. Os alunos aprenderam sobre conceitos de eletricidade e efeitos computadorizados e sons produzidos a partir de frutas e legumes interligados ao computador. Na impressora 3D, foram confeccionados anéis e outras peças expostas aos alunos. 

O estudantes também exibiram suas invenções. O ex-aluno da escola, Gilmar Henrique Silva, 18 anos, mostrou um gerador de energia elétrica produzido por uma bicicleta, que abastece celular; e um fone de ouvido que se conecta com bluetooth.

Concebido pelo professor Bruno Santos, o foco do Plece é a educação científica e tecnológica de estudantes, incentivando a pesquisa e a ampliação de várias áreas do conhecimento.“O fundamental é ter alunos engajados, motivados, produzindo tecnologia a partir de sucata”, disse o professor. Ainda este ano, a escola pretende realizar um campeonato de robôs confeccionados pelos estudantes.

O aluno Wellington Araújo, 17 anos, é autor de projetos como a miniestação de rádio e fone de ouvido com entrada de cartão USB e bluetooth. "Essa troca de informações é muito importante para a gente”, disse Wellington, que pretende formar-se em Eletrotécnica ou Engenharia Elétrica, decisão tomada a partir do Plece.