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PRESERVAÇÃO

A gestão das Unidades de Conservação estaduais e seus desafios é tema de seminário

Por Pryscila Margarido (IDEFLOR-BIO)
11/02/2020 14h38

Os desafios que envolvem o trabalho de gestão das Unidades de Conservação e, sobretudo, a importância da manutenção das áreas protegidas para a preservação da biodiversidade amazônica e dos povos tradicionais que habitam nesses espaços. Foi com esse objetivo que o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), por meio da Diretoria de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação (DGMUC), realizou o I Seminário de Unidades de Conservação Estaduais do Pará, na sexta-feira (7), na sede do órgão em Belém.

O evento reuniu os gestores das 26 Unidades de Conservação estaduais.

Com o tema “Desafios para Implementação, Consolidação e Gestão das Unidades de Conservação Estaduais do Pará”, o evento reuniu os gestores das 26 Unidades de Conservação estaduais, geridas pelo Ideflor-bio, representantes de instituições e órgãos parceiros como o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), a Universidade Federal do Pará (UFPA), o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre outros.

O evento foi aberto à participação de profissionais que atuam na área ambiental, acadêmicos e sociedade em geral, a fim de dar transparência às ações executadas pelo Instituto. As potencialidades e as necessidades de pesquisa, visando o manejo adequado dos recursos naturais, foram pontos apresentados pelos gerentes de cada UC.

Abrangência - Na abertura do evento, a presidente do Ideflor-bio, Karla Bengtson, ressaltou a grandiosidade do trabalho desenvolvido pelo Instituto, uma vez que as 26 Unidades de Conservação estaduais equivalem a 17% da área total do estado do Pará. Uma área correspondente a, por exemplo, todo o território do Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. São mais de 20 milhões de hectares de áreas protegidas.

Presidente do Ideflor-bio, Karla Bengtson.

“Esse momento também permite que essas instituições vejam de que forma ações integradas podem ser realizadas. Dentro da academia, na pesquisa e extensão, é possível agregar valor ao trabalho que fazemos, tendo a compreensão do que é uma Unidade de Conservação e qual o potencial que representa. É o nosso maior objetivo e, para isso, precisamos fomentar essa proximidade e parceria”, declarou Karla Bengtson.

Povos tradicionais - Coordenador Regional do ICMBio, Fábio Oti destacou a importância de eventos como esse, já que a temática ainda é muito desconhecida pela sociedade em geral. “É importante que todos os órgãos e entes se esforcem ao máximo para que possamos continuar realizando o trabalho de proteção desses territórios. Precisamos também respeitar o modo de vida das populações tradicionais e aprender a ouvi-las é o melhor caminho. Eles já têm conhecimento do que nós aprendemos na academia”, pontuou.

Já a diretora de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-bio, Socorro Almeida, ressaltou que as unidades de conservação são áreas criadas e protegidas por lei. “Nós temos 26 unidades de conservação estaduais e dez delas são de proteção integral. Significa que o uso é mais restrito. São áreas onde podem ser desenvolvidas atividades de ecoturismo e educação ambiental, a exemplo do Parque do Utinga. Temos 16 de uso sustentável, onde pode ser feito o uso de recursos naturais, porém, de forma controlada e sustentável”, explicou.

Acadêmica de Desenvolvimento Rural, curso ofertado pela UFPA, Claudiane Farias foi uma das participantes do evento que aprendeu na prática a importância da existência das áreas protegidas. “Esse tema 'unidades de conservação' tem ligação com a linha de pesquisa do meu TCC. Durante as aulas aprendemos muito na teoria e aqui tive a oportunidade de aprender muito mais sobre o que acontece e como é o processo desse trabalho, abrindo mais meus horizontes”, comentou.