Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
DESENVOLVIMENTO

Governo garante incentivo para pesca e aquicultura na região do Rio Caeté

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/06/2017 00h00

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, esteve nesta terça-feira, 20, em Bragança, para assinatura do Plano de Desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local da Pesca e Aquicultura da Região de Integração Rio Caeté, que também contou em sua programação com a palestra do “Programa Pará 2030”, no auditório do Instituto Federal do Pará (IFPA).

“É papel do Estado, e em particular desse governo, incentivar o crescimento da produção do pescado, sua industrialização e a verticalização. A região do Rio Caeté tem tradição na pesca e isso tem que ser valorizado para que haja maior verticalização, maior processamento do pescado dentro do estado. O crescimento da pesca e o incentivo à aquicultura estão entre as diretrizes do Pará 2030”, comentou Demachki, que também ocupa o posto de Coordenador do Núcleo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais (NEAPL).

Estiveram também presentes na assinatura do Plano de Desenvolvimento, o vice-prefeito de Bragança, Márcio da Silva Jr; o prefeito de Augusto Corrêa, Iraíldo Correa Filho; o diretor de pesca e aquicultura da Sedap, João Terra; o coordenador de Inovações Tecnológicas da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa); a presidente da Cooperativa de Pesca e Aquicultura da Região do Salgado (Coopescar), Tanyse Gomes da Silva, e Marcelo Pierre Acácio, secretário de Indústria e Comércio de Capanema; além dos secretários de Planejamento de Tracauteua e de São João de Pirabas, além de cinco vereadores de Bragança, presidentes de sindicatos, pesquisadores e professores das universidades.

“O APL foi elaborado coletivamente, com a participação de pessoas oriundas de vários órgãos, entidades, que contribuíram com o debate e opiniões. As necessidades da cadeia do pescado da região não se esgotam com este documento, devendo este ser revisado sempre que houver oportunidade e conveniência”, explicou o coordenador de APLs da Sedeme, Lourival Ribeiro.

Arranjo Produtivo Local (APL) é definido como a aglomeração de um número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade produtiva principal, bem como de empresas correlatas e complementares, no caso a indústria da pesca. As cidades que compreendem a Região de Integração do Caeté são: Augusto Corrêa, Bonito, Bragança, cachoeira do Piriá, Capanema, Nova Timboteua, Peixe-Boi, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santa Luzia do Pará, Santarém Novo, São João de Pirabas, Tracuateua e Viseu.

A tradição da região na pesca garante ao nordeste paraense a disponibilidade de mão de obra qualificada e de determinados tipos de infraestrutura. Um dos objetivos principais dessa APL é o crescimento da produção de pescado e que parte desse pescado seja verticalizado no Pará.

Segundo dados de 2007 do Ministério da Pesca e Aquicultura, o Brasil tem condições para transformar o país num dos maiores produtores de pescado do mundo. De acordo com números da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil é um dos países com maiores condições de suprir a demanda mundial de pescado.

Em 2011, a produção nacional registrou 1.431.974 toneladas, sendo que 56% desta produção corresponde à pesca extrativa e 46% à produção aquícola. Santa Catarina e Pará, nessa ordem, são os maiores produtores brasileiros. A produção paraense contribuiu com 153.332 toneladas produzidas de pescado, sendo que a pesca extrativa tem participação de 93,2% e a aquicultura, 6,8%.

O titular da Sedeme salientou a importância do APL para uma melhor organização nas ações oficiais e dos empresários. “Os esforços existiam, mas não se conectavam e dificilmente davam os resultados esperados. O APL faz isso, com que os órgãos do governo conectem seus esforços ao lado do setor produtivo em prol do desenvolvimento”, disse Demachki.

Para o vice-prefeito de Bragança, o APL é “mais uma oportunidade de promoção da cadeira produtiva por parte do governo do Estado”, disse Márcio da Silva Júnior. Já Iraíldo Barreto Filho, prefeito de Augusto Corrêa, comemorou a atenção especial a esse setor econômico. “Pesca e aquicultura nem sempre tiveram a atenção especial que merecem, o que tenho certeza será mudado com esse APL para a nossa região”.

Programa

O Pará 2030 apresenta as iniciativas tomadas pelo Governo do Estado para, em 15 anos, promover o desenvolvimento da economia e, com isso, melhorar a condição de vida dos paraenses. “Hoje, o PIB per capita do paraense é pouco mais da metade da média nacional. O esforço tem que ser coletivo, dos órgãos oficiais aos empresários e à sociedade, para igualar à média nacional”, afirmou o secretário. Hoje, o PIB per capita do Pará é de R$ 15,2 mil, ao passo que a média nacional é de R$ 26,5 mil.

Na palestra, Adnan Demachki citou o ranking do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados, com o Pará ocupando somente a 20ª posição e o planejamento para o crescimento de 5.3% ao ano da economia paraense nos próximos 15 anos. O secretário deixou claro que é preciso abandonar o puro e simples extrativismo e investir em produtos com maior valor agregado.