Polícia Civil informa que prisão de acusado impede novos assaltos a agências bancárias
A captura de um dos envolvidos no assalto em Ipixuna do Pará resultou de ação conjunta das polícias Civil e Militar
A cúpula da Polícia Civil do Pará concedeu, na tarde desta quarta-feira (5), entrevista coletiva para dar mais informações acerca da prisão de Alex da Silva Lima, conhecido como “Leleco”, um dos acusados de envolvimento no roubo à agência bancária em Ipixuna no Pará, no último dia 30 de janeiro, na modalidade “novo cangaço”. O delegado-geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira, detalhou a ação policial que resultou na prisão do acusado na terça-feira (4), na zona rural de Ipixuna, nordeste do Estado. Em depoimento, Alex Lima confessou a participação no crime. Segundo a polícia, o bando se preparava para cometer outro assalto.
Com as investigações, a equipe de inteligência da Polícia Civil concluiu que o bando tem participação em outros crimes “na modalidade vapor”, ocorridos no interior do Pará, como em Nova Ipixuna, Mãe do Rio, Bujaru e Acará.
A cúpula da Polícia Civil do Pará durante a entrevista coletivaO cumprimento de mandado de prisão contra o acusado foi realizado por policiais da Diretoria de Polícia Especializada (DPE), Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar. Alex Lima já tem passagem pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.
Na entrevista, o delegado-geral Alberto Teixeira explicou que o banco tem participação em outros assaltos na “modalidade vapor” (crime em que assaltantes sitiam as cidades para assaltar bancos com uso de material explosivo, arma de fogo e captura de reféns). “Por meio das investigações, que estão em andamento, acreditamos que serão identificados os coautores do bando criminoso, que com ‘Leleco’ praticaram esses crimes”, disse Alberto Teixeira. Sobre o armamento apreendido, o delegado-geral explicou que é “extremamente significante”, pois seria utilizado em outra ação na modalidade “novo cangaço”.O delegado-geral Alberto Teixeira (c) e o delegado Sérvulo Cabral (e) ressaltaram a importância da prisão e das apreensões
Segundo o diretor da Divisão de Repressão ao Crime Organizado, delegado Fausto Bulcão, desde a ocorrência do crime, equipes da DRCO e do batalhão militar foram para a região, onde levantaram indícios e confirmaram a participação de Alex Lima no crime. Após expedido o mandado de prisão, a polícia localizou o acusado na Rodovia BR-010 (Belém-Brasília), entre os municípios de Paragominas e Ipixuna do Pará, e deu voz de prisão.
O diretor de Polícia Especializada, delegado Sérvulo Cabral, afirmou que Alex Lima tem total envolvimento em várias ações criminosas realizadas contra agências bancárias no Pará, já que o armamento estava sob sua responsabilidade.
Parceria - Sobre a parceria entre o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar e a Polícia Civil, o tenente-coronel Firmino garantiu que é fundamental para o sucesso do trabalho policial, ressaltando que a ação conjunta é mais eficiente para prevenir outros assaltos.
Durante a ação policial, foram apreendidas em poder de Alex Lima cinco armas longas, tipo fuzil, e uma escopeta calibre 12, além de explosivos, coletes balísticos, balaclava (gorro que cobre o rosto e a cabeça), muita munição, um celular e cerca de R$13 mil em dinheiro. O crime continua sendo investigado.
Participaram da prisão do acusado agentes da Diretoria de Polícia Especializada, sob a coordenação do delegado Sérvulo Cabral; da Divisão de Repressão ao Crime Organizado, tendo à frente o delegado Fausto Bulcão, e do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Firmino.