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Materiais reciclados ajudam na terapia de pacientes do HC

Entenda como funciona a coleta e a produção.

Por Melina Marcelino (HC)
04/02/2020 14h43

A destinação adequada dos resíduos sólidos, a verificação da qualidade da água e a conscientização ambiental dos colaboradores são algumas das ações realizadas pelo Programa de Gestão Ambiental, da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV). Papéis, papelão, plástico, ferro e vidro são alguns dos resíduos recicláveis que são separados na FHCGV e parte do material é utilizado em terapia com pacientes. 

Em 2019, foram mais de 58t de resíduos recicláveis recolhidos e processados pela Cooperativa de Catadores da Pedreira (COOCAPE), esse número representa 26% de todos os resíduos produzidos no ano. A marca foi alcançada com a mobilização de diversos setores na separação do lixo após a implantação de caixas específicas para o descarte de papel. A campanha de consciência ambiental ganhou força quando as pessoas começaram a procurar onde fazer o descarte correto de outras coisas.

"As pessoas passaram a nos procurar para saber como poderiam mandar pra reciclagem plástico e papelão”, conta a Eng. Ambiental responsável pelo Programa de Gestão Ambiental (PGA) da FHCGV, Eurides Barata. 

Só em 2019 foram 223 toneladas de resíduos produzidos pela Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) e pelo Centro de Hemodialise Monteiro Leite (CHML), clínica satélite de hemodiálise da Fundação. Desse total 26%, foram de resíduos recicláveis, 32% foram de resíduos comuns e 42% foram de resíduos infectantes.

Para que o resíduo chegue em condições de ser reutilizado alguns cuidados devem ser tomados. A segregação é o primeiro passo, que é quando o resíduo é separado entre resíduos comuns, recicláveis perfurocortante, infectantes e químicos. Depois de identificado e acondicionado o resíduo é retirado pelo serviço de limpeza em um dos quatro horários específicos para transporte até ao armazenamento externo em um dos abrigos.

A FHCGV possui abrigos específicos para os resíduos recicláveis, resíduos infectantes e resíduos comuns. As coletas dos resíduos comuns e infectantes são realizadas todos os dias, e a cada coleta é realizada a limpeza dos abrigos. O resíduo infectante é incinerado pela empresa coletora e o resíduo comum tem como destino final o aterro sanitário. Os resíduos recicláveis são coletados semanalmente no hospital e diariamente no CHML. No final de cada processo a empresa coletora emite um certificado com a quantidade de resíduos coletada. “Fiscalizamos as empresas prestadoras de serviço, nós verificamos licenças, procuramos saber se eles realmente estão incinerando e reciclados”, explica a Coordenadora do PGA, Eurides Barata.

Entulhos e lâmpadas fluorescentes também são acondicionados para o destino correto. Os entulhos gerados pelas obras de expansão do hospital são acondicionados na caçamba de coleta de entulho, e são levados para o destino final pela empresa terceirizada. As lâmpadas fluorescentes são acondicionadas e depois enviadas para tratamento preparando para uma posterior reciclagem. 

Reciclagem e a Terapia Ocupacional 

Parte dos resíduos recicláveis são reaproveitados dentro no hospital no trabalho da Terapia Ocupacional com pacientes. Porta objetos e caixas de presente são algumas das coisas que os pacientes podem aprender a fazer para decoração, reutilizando rolos e caixas que iriam ser descartadas.

Na Clínica Cirúrgica, a Terapeuta Ocupacional (TO), Marly Lobato explica que as atividades diminuem a ansiedade no pré e pós-operatório e ainda promovem a consciência ambiental. “Elas fazem uma ressignificação da hospitalização”, conclui Marly Lobato.

A dona de casa Luzia Magalhães, 55, está internada na FHCGV com problemas cardíacos, adorou a atividade e conta que não pensava que poderia reutilizar os materiais usados.

Maria Conceição e a filha Sandra. “É uma coisa que eu nem pensava fazer e ficou tão lindo, dá pra decorar em casa e até vender”, diz ela. Já a dona de casa, Maria Conceição Carvalho, 71, fez uma caixa decorada e um porta objeto pro marido com a inicial do nome dele. “Gostei, a gente se entretém, aprende a reciclar e ainda decora a casa”, conta ela.