TerPaz: Marituba participa da escolha de oficinas na Escola Dom Calábria
Integrantes das ações do TerPaz promovidas pela Secom, as oficinas levam novas linguagens e ajudam a dinamizar o conteúdo didático
Moradores tiveram a oportunidade de escolher quais ações querem ter no Bairro Nova UniãoMaria da Conceição Santos, moradora do Bairro Nova União, em Marituba (Região Metropolitana de Belém), vive com três netos - de 8, 12 e 15 anos -, que costumam acompanhá-la em diversas atividades, como a horta comunitária, onde cultiva o cheiro-verde que vende na feira. Maria da Conceição (que todos chamam de Dona Conce), conta que sempre participa das atividades promovidas no bairro, e agora tem sua primeira experiência no processo de escolha do que será promovido na comunidade.
Maria da Conceição Santos quer ver o neto nas oficinas da Secom“Quero que meu neto possa fazer uma oficina de grafite, de desenho, e está sendo muito bom poder escolher”, enfatiza a moradora, uma das participantes do evento realizado na Escola Dom Calábria durante esta segunda-feira (3), para alunos, familiares e membros da comunidade do entorno. Com 27 anos de fundação, a “Dom Calábria” é uma referência no bairro pelas parcerias que costuma firmar. A mais recente é para participar das ações do Programa Territórios pela Paz (TerPaz), por meio da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom). A escola deve receber 10 oficinas de educomunicação, nas quais ferramentas como audiovisual, fotografia e rádio serão empregadas no dia a dia da escola, auxiliando professores e alunos na dinamização do conteúdo didático.
Mobilização - “Parece que nosso planejamento foi feito em conjunto com esse projeto, de tão casadinho que está o que a Secom oferece com o que estamos buscando!”, afirma, entusiasmada, a professora Socorro Bandeira, diretora da Escola Dom Calábria. A educadora mobiliza ações para a escola há oito anos, tempo em que também foi coordenadora na instituição. Agora, na direção, ela conta que vem abrindo ainda mais as portas para as parcerias, pois acredita na interação escola-comunidade e nas múltiplas possibilidades de ferramentas didáticas além da sala de aula.
“Nós já temos uma verba do Governo Federal para a compra de equipamentos. Queremos montar uma rádio na escola, um estúdio de gravação, fazer vídeos... Vamos utilizar essas linguagens para dinamizar a forma que trabalhamos nossos conteúdos, tanto que não só os alunos, mas também os professores e demais moradores do bairro, devem participar das oficinas”, explica Socorro Bandeira.
A Secom levou suas 17 áreas de linguagem para apresentar aos alunos. Em uma dinâmica simples, os participantes escolheram quais linguagens desejam receber nas oficinas. Fotografia, Jornalismo, Produção de Texto, Grafite, Audiovisual e Rádio foram as mais apontadas, e devem ser promovidas pela Secom nos próximos meses.A quadra da escola recebeu a dinâmica para escolha das oficinas
Vozes da comunidade - De acordo com o diretor de Comunicação Popular e Comunitária da Secretaria, Luiz Carlos Santos, o cronograma de atividades é montado respeitando anseios e necessidades das comunidades. “É importante abrir os ouvidos para as vozes que importam, dando aos alunos a oportunidade de apontar as ações de acordo com as suas realidades e vivências. É um processo participativo e dinâmico, em que a troca de experiências se mostra tão salutar quanto enriquecedora. A direção da Escola Dom Calábria abriu as portas e estendeu os braços de maneira generosa, tornando-se parceira importante nessa construção”, ressalta o diretor.
As oficinas da Secom na Escola Dom Calábria iniciam no próximo mês de março, após a publicação do edital de contratação de monitores para as atividades. Ao longo deste ano, devem ser realizadas até 10 oficinas para atender mais de 300 membros da comunidade, entre estudantes e demais moradores do bairro. Assim, o neto de “Dona Conce”, e a própria moradora, podem se tornar agentes de comunicação comunitária.