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EDUCAÇÃO

Quatro escolas cívico-militares iniciam as aulas nesta segunda no Estado

Unidades de ensino estão em Belém, Ananindeua, Santarém e Paragominas

Por Igor Oliveira (SEJU)
03/02/2020 11h47

Uma nova fase na educação do Estado do Pará começou nesta segunda (3): o início do ano letivo das unidades de ensino estaduais selecionadas para participar do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. É primeira volta às aulas depois da adesão ao decreto federal nº 10.004, de 5 de setembro de 2019, que tem como objetivo melhorar o processo de ensino-aprendizagem nas escolas públicas e se baseia no nível de qualidade dos colégios militares do Exército, das Polícias e dos Corpos de Bombeiros Militares. No Pará, o programa começa a ser implantado em 4 escolas: Waldemar Henrique (na capital), Francisco Paulo do Nascimento Mendes (Ananindeua, região metropolitana de Belém), José de Alencar (em Santarém, oeste do Estado), e Castelo Branco (Paragominas, sudeste paraense). 

Na escola Waldemar Henrique, pais e alunos aguardavam com expectativa o começo das aulas. A autônoma Irismar Nobre já havia matriculado o filho de 14 anos, Fábio Henrique Monteiro, em outra escola quando soube que a unidade Waldemar Henrique seguiria o modelo cívico-militar de ensino. “Troquei de escola, porque quero que meu filho e outros alunos tenham mais disciplina e responsabilidade na formação e acho que o apoio dos militares é importante nessa parte”, explica. 

A dona de casa Sebastiana Aquino ouviu o pedido da própria filha, Jaciele Araújo, de 12 anos, para estudar no novo modelo. “Quando soube que a escola Waldemar Henrique teria esse sistema, quis ser matriculada logo. Acho que vai melhorar a educação”, revela Jaciele. Já Tamires Nascimento, dona de casa e mãe de Davi Alencar e Ana Vitória Nascimento - com 11 e 10 anos, respectivamente, fez questão de registrar em fotografia o primeiro dia dos filhos na escola cívico-militar. “Acho que esse programa vai ajudar muito não somente os alunos, mas também a comunidade”, observa.

Excelência, civismo, honestidade e respeito são os valores que servem de guia para o desenvolvimento do modelo. A diretora da Escola Waldemar Henrique, Carmen Lucia, revela boas expectativas com o programa. “Nosso bairro tem muitas pessoas em situação de vulnerabilidade social, nossos alunos presenciam situações de violência e isso reflete no cotidiano das aulas. O apoio militar pode ajudar a mudar isso”, ressalta. 

Disciplina e ética - A diretora afirma que a organização das aulas e demais atividades pedagógicas continuam sob a responsabilidade dos professores. “O policial militar ou o bombeiro não vão substituir o professor em sala de aula. Vai ser uma cooperação desses agentes em questões como o respeito ao horário de entrada, além de projetos educativos que enfatizem a importância da disciplina e dos bons costumes”, explica Carmen. Policiais militares, com formação específica para o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, vão atuar na escola e colaborar com o processo de ensino-aprendizado dos estudantes. 

O professor de química, Moacir Alves, avalia que a presença de agentes militares na escola vai contribuir para a segurança dos funcionários da escola e incentivar a participação mais ativa da comunidade. “Fizemos reuniões com os pais dos alunos sobre a adoção do modelo cívico-militar e o apoio foi total. Precisamos dessa parceria para fazer um trabalho ainda melhor na educação desses jovens”, observa.

A importância da participação dos pais dos estudantes foi destacada pelo major Cézar Alberto, gestor da escola cívico-militar do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. Durante a cerimônia de abertura do ano letivo na nova fase da Escola Waldemar Henrique, Cézar falou a todos os pais e mães presentes.

“Vocês são fundamentais nessa etapa. Professores e militares vão trabalhar na educação e na melhoria do ambiente escolar, mas as principais referências que esses jovens possuem ainda são vocês. É um trabalho que vai além da sala de aula, então precisamos ser unidos para ter uma sociedade melhor”.