Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE

Campanha de combate ao Aedes aegypti conscientiza moradores da capital paraense

Por Redação - Agência PA (SECOM)
08/12/2017 00h00

Na manhã desta sexta-feira (8), na praça Batista Campos, em Belém, aconteceu um mutirão de combate ao Aedes aegypti, para incentivar a população a ajudar na eliminação dos focos do mosquito transmissor da dengue, chinkungunya e zika vírus. Estiveram envolvidos na campanha, servidores públicos da área de Saúde do Estado, da capital e militares da Aeronáutica, Exército e Marinha.

“A campanha atende a convocação do governo federal para adesão à mobilização nacional e dá início ao Plano Contingencial para evitar o aumento dos casos – começa em dezembro e vai até julho”, disse Aline Carneiro, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Na sequência das ações, de forma simultânea, serviços foram ofertados à comunidade, como testes rápidos para detecção de doenças sexualmente transmissíveis – como HIV, sífilis e hepatites B e C, verificação da pressão arterial e glicemia; orientação médica e instruções de combate ao vetor com entrega de folderes, orientações em saúde bucal; laboratório de entomologia, teatro de fantoches, exposição de aproveitamento de material reciclado e orientações sobre saúde do trabalhador.

“Estava passeando e aproveitei para atualizar os exames. Fiz testes para HIV, Sífilis e Hepatites. Essa revisão é muito importante na minha idade”, disse João Batista Amaral, de 55 anos, que participou da ação colocando seus exames em dia.

“Em nosso estande mostramos para população o ciclo de vida do mosquito e algumas técnicas que o Laboratório Central do Pará (Lacen) realiza para auxiliar no controle das doenças transmitidas por vetores. Na exposição mostramos ovos, larvas, mosquitos e outros instrumentos”, explicou Antonilde Arruda, bióloga do Lacen.

A campanha pelo Dia D da dengue reforça ainda mais as estratégias que o governo estadual vem desenvolvendo desde 2016, como a criação da força-tarefa que inseriu o reforço inédito das Forças Armadas, Defesa Civil e Fundo para a Infância das Nações Unidas (Unicef) e a implantação da sala de situação na própria Sespa, que monitora tanto a questão epidemiológica dos casos de infestação predial, bem como ocorrências em relação às gestantes, e às questões relacionadas à microcefalia.

“Com o tema ‘Todos juntos contra o mosquito Aedes aegypti’, a Sespa recomenda que a população crie o hábito de repetir sempre a estratégia de vistoriar as calhas, entulhos, lixo e recipientes com água parada em casa”, acrescentou Aline.

Dados - Segundo o mais recente informe epidemiológico, do início de janeiro para cá, o Pará já registrou 4.645 casos de dengue, 332 de Zika vírus e 6.366 de febre chikungunya. A estatística indica ainda uma redução de 28,36% na quantidade de doentes com dengue no Estado em relação ao mesmo período de 2016.

A campanha ocorre em todo país e no Pará contou com o apoio do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Secretaria de Saúde do Município (Sesma), Lacen, Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa); Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), Conselho Estadual de Saúde (CES), Secretaria Extraordinária de Estado de Integração de Políticas Sociais (Seeips) e outros.

Os vírus da dengue, chikungunya e zika provocam doenças com sintomas parecidos, como febre e dores musculares, porém com gravidades específicas. Das três, a dengue é a mais perigosa, pois pode ser causada por quatro sorotipos diferentes do vírus, que leva o paciente a apresentar febre repentina, dores musculares, falta de ar e fraqueza. A forma mais grave é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.

A febre chikungunya provoca principalmente intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por vírus zika leva a sintomas que permanecem por, no máximo, sete dias.