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CENTRO DE RECUPERAÇÃO

Benfeitorias são vistoriadas após 7 dias de implantação de procedimento

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
31/01/2020 14h00

Uma semana após a implantação de procedimento e mudança de conduta no Centro de Recuperação Regional de Paragominas (CRRP), executado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o governo retoma o comando e o controle da unidade. Além dos trabalhados de implantação de procedimento e conduta, houve a reforma da unidade prisional, com reparos da estrutura e pintura por meio da mão de obra carcerária e acompanhamento da Diretoria de Logística, Patrimônio e Infraestrutura (DLPI), da SEAP. Os internos também receberam uniformes novos e kits de higiene. Atividade de limpeza diária é realizada para garantir um ambiente limpo e digno para o cumprimento de pena.

Secretário Jarbas Vasconcelos, durante a visita de autoridadesAs ações jurídicas e atendimentos com advogados ocorrem normalmente e em um melhor ambiente. Já a saúde recebeu mudanças. Por meio da vigilância aproximada, executada pelo COPE ou agentes prisionais, os profissionais de saúde conseguem ir até as celas para fazer a manipulação diária dos medicamentos, principalmente os controlados. Internos doentes e idosos foram separadas em um bloco diferente dos demais.

A Promotora de Justiça de Paragominas, Liliane Oliveira, esteve presente na unidade no início da implantação do procedimento após receber denúncias de familiares de internos sobre irregularidades realizadas durante ação. Nesta visita, a promotora conversou isoladamente com custodiados da casa penal para verificar a veracidade das denúncias e afirma que todos deram respostas positivas quanto ao procedimento, explicando que “até se sentiram guarnecidos nos seus direitos e hoje se sentem igualados”.
Na visita realizada pela promotora, na quinta-feira (30), ela afirma que pode ver as mudanças positivas realizadas na unidade durante essa primeira semana. “As celas, que antes eram verdadeiros cortiços e sujas, encontramos em outra realidade. Celas limpas, custodiados uniformizados e com uma referência, uma educação diferenciada do que antes se encontrava”, finalizou.

O defensor público de Paragominas, Diogo Eluan, visitou o CRRP no primeiro de execução do procedimento.  “Hoje a gente observa um ambiente completamente diferente, um centro de recuperação limpo, pintado, sem aquele odor forte”, explicou. Ele ressaltou ainda o que o Ministério Público e a Defensoria Pública presenciaram que não houve agressões, maus-tratos ou tortura durante a ação. "Os que falaram com a gente, escolhidos por nós, relataram uma confiança, de estarem tranquilos, de não estarem sendo chantageados por outros internos e que vão poder dormir tranquilos”, destacou.

A presidente da OAB de Paragominas, Ângela Leite, também conversou com internos da unidade prisional em outra visita, além de ter conhecido a estrutura das salas de ensino e áreas de saúde do CRRP. “Confesso que fiquei surpreendida ao perceber o antes e depois. Notei que os internos estão satisfeitos”, afirmou.

O interno Wingley Ferreira de Sousa, que tirou a maior nota na redação do ENEM em Paragominas, avalia a implantação de procedimento como um caminho para sair do crime. “Essa mudança aqui veio para o melhor. Antes nós vivíamos oprimidos pelo crime e hoje eu agradeço à Deus pela vinda dessa ação. Agora nós agradecemos porque a opressão acabou. Hoje nós entramos no bloco e vemos que é um ambiente totalmente diferente, todo mundo sendo tratado com educação. Eu acredito que ainda vai melhorar mais. O tratamento aqui está sendo padrão. Eu nunca fui agredido e acredito que nunca vou ser, tenho respeitado as normas, assim como eles me respeitam também. Nós queremos voltar para a sociedade ressocializados”, afirmou.

Para o interno José de Souza Ferreira, o mais importante é a segurança e é isso o que a intervenção tem oferecido. “O tratamento está sendo mais rígido devido o comportamento de alguns internos, por isso houve uma diferença, coisa que a agente percebe que é para o melhor e para dar mais segurança para nós mesmos. Agora a gente percebe o quanto estamos mais seguros e isso é o que mais interessa para nós”, contou.