Ainda em janeiro Estado divulgará edital de seleção do 'Startup Pará'
Serão cerca de R$ 3,5 milhões em investimentos em 20 projetos de novos empreendimentos e atividades já com resultados no mercado
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) deve divulgar, até 31 de janeiro, o edital de seleção do Programa Startup Pará, iniciativa para promover criação e desenvolvimento de atividades inovadoras em diversas áreas. Pela política pública, coordenada ainda pela Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad) e pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o Estado investirá cerca de R$ 3,5 milhões na seleção de até 20 projetos.
Na fase inicial, serão acolhidas 15 propostas, em fase de pesquisa, na modalidade “Novos Negócios”, que contempla a abertura de empreendimentos inovadores em fase pré-operacional, e 15 na modalidade “Aceleração”, voltada para atividades promissoras já existentes no mercado.
As iniciativas selecionadas terão capacitação, mentoria e acompanhamento do negócio, promovidas por uma empresa aceleradora, de atuação nacional, que também será escolhida por meio de edital. Após essa etapa, um comitê avaliador, formado por profissionais e técnicos do mercado indicados pela aceleradora, vão escolher 10 propostas de cada modalidade para assinatura de contrato e investimento financeiro.
O secretário Carlos Maneschy informa que os projetos serão apresentados em uma espécie de feira de inovaçãoApresentação pública - As propostas em “Novos negócios” podem receber até R$ 80 mil por projeto, enquanto a modalidade “Aceleração” oferece até R$ 200 mil para cada iniciativa selecionada. O titular da Sectet, Carlos Maneschy, antecipa que a apresentação dos 20 projetos deve ocorrer em um evento público, uma espécie de feira de inovação, com a presença de investidores convidados de todo o Brasil, em data e local a serem definidos.
"Serão duas etapas, que durarão cerca de um mês e meio cada uma, e de uma para outra o total de projetos selecionados será de, no máximo, 20. A ideia é estimular, por exemplo, o interesse dos 'investidores-anjos', que não são necessariamente sócios, mas que investem para ver o negócio deslanchar. Seria algo inédito do Estado", explica o secretário. "A gente espera e trabalha pelo efeito multiplicador, por um Estado com ambiente amigável para novos negócios, um hub, um ponto de convergência de vários investidores", reitera Carlos Maneschy.
Ainda de acordo com o secretário, embora os valores máximos por projeto selecionado estejam definidos, somente após a aprovação dos planos de negócios será possível determinar o tempo de execução de cada um. "Admitimos que há riscos, já que se trata de inovação. Não tem como dizer o que é que pode dar certo ou não - e aí entra a aceleradora, para delimitar critérios de confiabilidade. Vejo o Starup Pará com vocação ao sucesso, porque essa demanda existe, há pessoas precisando desse apoio, e é isso o que o Governo do Estado quer garantir", reforça o titular da Sectet.