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Sedeme incentiva competitividade e empreendedorismo para retomar o crescimento econômico

Os desafios vêm sendo superados com linhas de crédito, parcerias e eventos que dão visibilidade a produtos paraenses

Por Valéria Nascimento (SECOM)
03/01/2020 19h17

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) articula iniciativas distintas para ampliar a competitividade da economia paraense e contribuir para aumentar a geração de renda e empregos no território paraense. “Trabalhamos para retomar o crescimento econômico e superar o discurso da crise. Queremos recuperar a esperança e a autoestima do Pará, fomentando a economia para um novo patamar de competitividade e desenvolvimento econômico e social", destaca o titular da Sedeme, Iran Lima, sobre as ações em curso e já implementadas, e os projetos prioritários para 2020.

Nos primeiros 12 meses de trabalho, em 2019, a Secretaria atuou na retomada de articulação com o setor produtivo, sem distinção de trato e apoio institucional a pequenas, médias e grandes empresas, investindo na atração de novos investimentos para o Estado. Alguns exemplos são o suporte e a assistência a Arranjos Produtivos Locais (APLs), e o auxílio às Micros e Pequenas Empresas Paraenses, fortalecendo o Fórum Estadual Paraense das Micro e Pequenas Empresas do Pará (Femep), o que amplia o protagonismo do empreendedor.

A Sedeme investe no desenvolvimento de iniciativas em áreas de interesse mútuo, a fim de fomentar e financiar oportunidades econômicas. Esse é o propósito da parceria formalizada entre a Secretaria e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, que possui R$ 5 bilhões para investimentos em soluções tecnológicas desenvolvidas por empresas e universidades na região amazônica.

Movimento da economia - O secretário Iran Lima destaca a importância de o governo garantir a atratividade de negócios. “O investimento no Pará movimenta a economia, automaticamente vira massa salarial, desenvolvimento econômico, consumo. E o consumo vira impostos, melhora a arrecadação do Estado, para que possa atender às necessidades da população”, reitera.

Empreendedores dos ramos de alimentação, artesanato e costura, principalmente nos bairros atendidos pelo Programa Territórios pela Paz (TerPaz), mulheres e homens chefes de família, vêm sendo beneficiados pela parceria entre a Sedeme, o Banco do Estado do Pará (Banpará), a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Pará), que propicia capacitação para o empreendedorismo e gestão de segmentos econômicos específicos.

Um dos destaques é a linha de crédito “Empodera”, oferecida pelo Banpará, um incentivo exclusivo do Programa Mulher Paraense, lançado pelo Governo do Estado em março de 2019, fortalecido por oficinas e palestras sobre boas práticas de manipulação de alimentos e gestão de negócios. O crédito beneficia quem quer investir em pequenos negócios, sem burocracia. Há R$ 7,5 milhões de recursos próprios do Banpará para esse fim.

A lógica da atuação da Sedeme, Banpará, Seaster e Sebrae Pará no âmbito do TerPaz é voltada ao empreendedorismo, com o Banpará oferecendo o “Empodera”, enquanto Sedeme, Seaster e Sebrae trabalham a qualificação para os negócios.

Em agosto de 2019, a Sedeme e o Banco do Estado, com apoio do Sebrae Pará, lançaram o Programa Parcerias pelo Pará – Agenda do Desenvolvimento, Emprego e Renda, destinado à administração pública municipal, empresas, indústrias e empreendedores da Região Metropolitana de Belém (RMB).

Planejado para as 12 regiões de Integração do Estado, o “Parcerias pelo Pará” já promoveu rodadas de palestras, serviços e atendimento direto ao setor produtivo e empreendedor nas regiões de Integração Guajará, Carajás e Baixo Amazonas. Na pauta, políticas públicas do Estado para fomento das oportunidades econômicas, como linhas de financiamento e crédito, legislação de incentivos fiscais, programas de qualificação profissional e simplificação de procedimentos e negócios nos municípios.

Crédito e fomento - Formado pelo Governo do Estado e a empresa Vale, com gerência financeira do Banpará, o Crédito ao Produtor é um instrumento financeiro que viabiliza setores como Indústria, Comércio e Serviços, a partir de financiamento para novos empreendimentos e projetos já implantados. Financia da pesquisa básica à preparação do produto para o mercado.

Na área de fomento à cadeia da fruticultura, a Sedeme destaca:

Açaí – Fortalecimento da cadeia do açaí e verticalização da produção da polpa são destaques nas ações da Sedeme, desde o tratamento diferenciado de tributos para industrialização até o estímulo à produção agregada.

Cacau – A Sedeme estimulou oportunidades econômicas geradas pelo cacau, chocolate, flores e joias genuinamente paraenses, com a realização de eventos ou parcerias e cooperação para avanço dos segmentos em toda a Amazônia.

A Secretaria desenvolveu uma concepção inédita de fomento às cadeias do cacau e do chocolate, promovendo uma sequência de oito Mini Festivais de Chocolate, Flores e Joias da Amazônia, associando a produção do cacau e do chocolate à floricultura paraense – incentivada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) - e ainda às joias genuinamente paraenses, desenvolvidas por designers e produtores que integram o Programa Polo Joalheiro, no Espaço São José Liberto, órgão vinculado à Sedeme.

Os Mini Festivais ganham visibilidade na Grande Belém, resultando em bons negócios para produtores das cadeias econômicas do cacau, como chocolate fino (industrializado), além de flores e joias.

Superando expectativas - Em setembro de 2019, Sedeme e Sedap promoveram um evento mais amplo, o Chocolat Amazônia 2019 – VI Festival Internacional do Chocolate e Cacau e a 18ª Flor Pará, superando expectativas de público e comercialização. O evento, realizado no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, de 19 a 22 de setembro, ultrapassou 35 mil visitantes e movimentou cerca de R$ 15 milhões em negócios, nos segmentos de chocolate, flores e joias, e ainda gerou negócios de R$ 7,6 milhões em exportação de amêndoas de cacau.

Durante quatro dias, o Festival reuniu 94 expositores, 32 marcas de chocolates de origem, equipamentos para produção de chocolate e flores tropicais cultivadas na Amazônia, além de uma programação variada, com ciclo de palestras, rodadas de negócios, concursos de amêndoas de cacau e de chocolate, workshops de gastronomia com chefs de cozinha renomados, exposição de bolos decorados e esculturas de chocolate, oficinas de arranjos florais e atividades para crianças.

Também participaram marcas de chocolate de origem da Bahia, Rio Grande do Sul e de outros Estados da Amazônia, cooperativas, produtoras de bombons artesanais do Pará e produtores de joias criadas e produzidas por designers e microempresários do Programa Polo Joalheiro do Pará.