Ophir Loyola necessita de maior número de doadores de sangue
O Hospital Ophir Loyola é referência em oncologia, neurocirurgia e transplantes, especialidades em que os pacientes são submetidos a tratamentos e intervenções médicas de alta complexidade como cirurgias e procedimentos oncológicos. A necessidade não somente por sangue, mas também por hemocomponentes é acentuada, principalmente naqueles com doenças hematológicas malignas.
Thiago Carneiro é especialista do Serviço de Oncohematologia e explica que o hospital é a principal referência, em todo o Pará, no tratamento de cânceres presentes no sangue, como leucemias, linfomas e mielomas. Segundo ele, a Agencia Transfusional da instituição é a maior em termos de volume de transfusão com uma média de 900 transfusões mensais.
“O tratamento dessas enfermidades exige diversas transfusões, são curáveis ou altamente reversíveis. Durante a quimioterapia, a medula óssea para de funcionar e as contagens sanguíneas ficam mais baixas. A transfusão é essencial à vida dos pacientes nesse momento”, ressalta o especialista.
O sangue doado pode ser separado em hemácias, plaquetas ou plasma, portanto beneficia diversos pacientes, conforme a carência de cada um. No hospital, a necessidade de doação é grande para assistir os internados, em tratamento quimioterápico, cirúrgico ou ambulatorial.
Morador de Igarapé-miri, Pedro Pantoja, 67, sofria com fraqueza e uma anemia grave. Passou a ser acompanhado pelo Hemopa onde foi diagnosticado com mielofibrose, doença mais comum em pessoas acima dos 50 anos. É um tipo de câncer raro que acomete as células responsáveis pela produção de sangue na medula óssea. “A idade e a cardiopatia me contraindicam ao transplante de medula óssea. A transfusão de sangue é essencial para minha terapia, no último mês precisei receber cinco bolsas”, disse Pedro.
Assim como Pedro, Maria Benedita, 61, residente no município de Mãe do Rio, também conta com o gesto solidário da doação para seguir com o tratamento contra a leucemia. A doença atinge os glóbulos brancos, portanto compromete o sistema de defesa do organismo. Maria precisa de doação de plaquetas, células responsáveis pela coagulação do sangue.
O estoque do Hemopa está regular e, para manter esse cenário, os doadores precisam estar conscientes sobre a necessidade dos enfermos. Para doar ao Hospital Ophir Loyola, dirija-se à unidade do hemocentro mais próxima da sua residência e informe o código 161. “Peço que as pessoas façam a doação de sangue aos pacientes do Ophir Loyola, dependemos da solidariedade de todos”, apela Maria.
Os candidatos à doação de sangue precisam ter entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do responsável legal), ter mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar documento de identificação oficial, original e com foto. O homem pode doar a cada dois meses e a mulher, a cada três.
Olinda Campos - Assistente Social do Hemopa
A assistente social da gerência de captadores do Hemopa, Olinda Campos, afirma que tanto as férias escolares quanto as festas de final de ano fazem com que o doador e qualquer cidadão queiram viajar, situação essa que reduz o número de candidatos à doação. "Fizemos uma grande festa do doador em novembro e conseguimos um grande número de doações para que o estoque ficasse abastecido. Ainda assim a demanda transfusional é grande, todos os dias precisamos de um grande número de bolsas para fazer a transfusão e por isso as campanhas externas são intensificadas", ressalta.