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COP 25

Pará defende compensação ambiental internacional para a garantia da floresta em pé

Proposta foi apresentada pelo governador Helder Barbalho em Madri, durante reunião de líderes do Brasil que participam da Conferência do Clima

Por Ronan Frias (DETRAN)
08/12/2019 17h14

Chefes de estados da Pan-Amazônia, representantes da Câmara dos Deputados, do Senado e da sociedade civil organizadaO desenvolvimento econômico sustentável por meio de compensação ambiental internacional para a garantia da preservação da floresta foi um dos temas abordados pelo governador Helder Barbalho, durante reunião neste domingo (8), com chefes de estados da Pan-Amazônia, representantes da Câmara dos Deputados, do Senado e da sociedade civil organizada. O encontro ocorrido em Madri, na Espanha, faz parte da agenda internacional do Governo do Pará, que foi convidado a participar da Conferência do Clima (COP 25), realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“O Brasil deve demonstrar a Agenda da Amazônia, mediante a lógica de que queremos um desenvolvimento sustentável e que a floresta é uma nova commodity. O mercado global deve pagar pela floresta em pé. Vamos falar aos produtores rurais que proteger a floresta vai monetizar o trabalho de uma forma regulamentada”, sugeriu Helder.

Para que seja possível garantir o sucesso da proposta de compensação ambiental como alternativa à preservação da floresta, o governador do Pará destacou a importância do assunto ser debatido e desenvolvido com olhar aos investidores, principalmente os internacionais. Segundo o governador do Pará, “é determinante a regulamentação dos serviços ambientais, da monetização da floresta em pé com a participação, onde for possível, dos países e instituições financeiras privadas, construindo de forma bilateral a compensação ambiental pela preservação da floresta”.

“Se não conseguirmos construir esta lógica, teremos baixíssima efetividade porque estaremos confrontando o mundo real, onde as pessoas precisam produzir, gerar emprego, o mundo pressiona pela produção de alimento e é uma vocação dos nossos estados e do nosso país a produção rural. Sem a lógica econômica, continuaremos com excelentes intenções, porém a vida real nos desautorizará. Temos que compreender a nossa responsabilidade com o nosso país e também o protagonismo global” - Helder Barbalho, governador do Pará.

O dialogo realizado neste domingo foi um momento para que os participantes debatessem as necessidades de cada estado que integra a Amazônia nacional. O comprometimento dos governos do Brasil com o meio ambiente será apresentado de forma unida com a comunidade internacional em forma de uma carta do Consorcio de Governadores da Amazônia Legal. Para Helder Barbalho, a presença dos senadores foi fundamental.

“Nós estamos levando uma informação importante de que boa parte do arcabouço sobre esse assunto já passou ou passará pelo Congresso. Toda a proposta do Consórcio de Governadores da Amazônia passará por lá, assim como, toda a questão dos serviços de pagamento ambiental”, explicou o governador paraense.

COP25 – A delegação paraense que participa da conferência climática é composta por representantes das pastas socioambientais e fundiária. A missão dos representantes é levar, a chefes de estado, especialistas e a sociedade civil organizada, a macro estratégia de desenvolvimento econômico sustentável, baseada no baixo consumo e emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), relacionados ao aumento da temperatura, os programas para a redução do desmatamento do Pará e o incentivo às cadeias produtivas locais com base nas vocações naturais do Estado, como ferramenta na conservação da floresta em pé.

A Conferência do Clima, que ocorre em Madri, na Espanha, começou no último dia 2 e segue a próxima sexta-feira (13).

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