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'TEMPO É VIDA'

Sespa realiza primeiro evento da campanha Novembro Azul

Seminário de saúde do homem reuniu profissionais e estudantes de diversas áreas

Por Roberta Vilanova (SESPA)
13/11/2019 09h26

Diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde, Sâmia Borges, durante a abertura do eventoA Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou na tarde de terça-feira (12), no auditório da Secretaria de Estado de Administração, em Belém, o Seminário de Saúde do Homem, alusivo à Campanha Novembro Azul, que tem como tema “Tempo é vida, cuide da sua saúde, a hora é agora”. O evento reuniu profissionais e estudantes de diversas áreas.

Na abertura, a diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde, Sâmia Borges, informou que alguns serviços do Programa Saúde na Hora já estão com carga horária ampliada para atender aos homens durante o Novembro Azul. As ações já estão ocorrendo em Bragança e Capanema, oferecendo atendimento das 8h às 22h.

“Estamos trabalhando para expandir para todos os municípios paraenses para que não só homens, mas mulheres, crianças, adolescentes e idosos, possam ter acesso aos serviços de saúde de forma integral e igualitária”, explicou a diretora.

Próstata – O primeiro palestrante foi o médico urologista do Hospital Ophir Loyola (HOL), Ricardo Tuma, que falou não apenas de câncer de próstata, mas das principais doenças que podem afetar a glândula masculina. Ele ressaltou a necessidade de o homem se cuidar melhor. “Hoje, as mulheres vivem oito anos mais que os homens e há muito mais viúvas do que viúvos. Portanto, o homem não deve se cuidar só no mês de novembro e sim o ano todo”, enfatizou Tuma.

O urologista Ricardo Tuma destacou a importância de realizar exames, como toque retal e PSAEle disse que é fundamental um diagnóstico correto por meio de exames como ultrassonografia, toque retal e PSA, que é específico da próstata. “Nem sempre a próstata aumentada é sinal de câncer, mas, por meio do toque retal é possível sentir e suspeitar se o tumor é ou não câncer”, explicou o especialista.

Segundo ele, as mulheres têm mais disciplina de ir ao médico sem estarem doentes e que está na hora de os homens seguirem esse exemplo, porque câncer é uma doença silenciosa. “O objetivo dos exames é fazer o rastreamento para o diagnóstico precoce”, informou, ressaltando que nove em cada dez casos são curáveis. Tuma também falou sobre sinais, sintomas da hiperplasia prostática, prostatite e disfunções sexuais.

Alimentação saudável – A coordenadora de Nutrição da Sespa, Rahilda Tuma, falou sobre a “Nutrição na Prevenção das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis”. “A alimentação saudável precisa estar atrelada à prática de atividade física para evitar o sobrepeso e obesidade. Então, cuidar da saúde também é coisa de homem”, disse a gestora.

Ela disse que não existe nenhum país no mundo que conseguiu reduzir o percentual de obesidade e que a população brasileira está obesa ou acima do peso porque seguiu os costumes americanos. “Só que eles levaram 120 anos para ter obesos enquanto o Brasil apenas 25 anos, porque teve acesso aos produtos americanos já prontos”, explicou Rahilda. A meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é manter o sobrepeso em 50% e conter o sobrepeso em crianças e adolescentes.

Para se ter uma ideia da situação, Rahilda informou que em Belém, em 2018, segundo pesquisa do Vigitel, 63% dos homens adultos estavam com excesso de peso e 21% com obesidade, assim como 53% e 20,7% das mulheres, respectivamente.

Numa maneira bem didática, ela comparou o estilo de vida atual com o do passado, em que se gastava muito mais calorias para fazer as atividades, enquanto hoje está tudo muito fácil. Ela citou o exemplo de uma simples pipoca do cinema, que hoje tem 800 calorias, e copos, pratos e talheres, que atualmente têm tamanhos maiores, induzindo um quantidade também maior de alimentos. Segundo ela, todos são fatores de risco para a obesidade e é preciso estar atento aos ingredientes invisíveis que estão nos produtos industrializados.

“O papel da Sespa é disseminar informações e orientações de forma mais atual para alcançar a população”, disse a nutricionista.

O médico Helio Franco tratou sobre "O Homem no Trânsito" e apresentou número preocupantes sobre acidentesTrânsito – O último palestrante foi o médico Helio Franco, ex-secretário de Estado de Saúde Pública, que falou sobre “O Homem no Trânsito”, levando números preocupantes sobre acidentes que fazem milhares de vítimas anualmente, sendo a maioria homens. “No ano passado, 40 mil pessoas morreram em acidente de trânsito, que, no Pará, mata mais gente do que as 18 endemias existentes. Só em Belém, de 2014 a 2017, 500 pessoas morreram vítimas desse tipo de acidente”, informou ele.

Para Helio Franco, o trânsito não é um problema apenas do poder público. “É de cada um de nós, todos nós temos que ter responsabilidade e evitar tragédias e a única maneira de reverter essa situação é realizar um trabalho educativo envolvendo escolas e comunidade em geral”, afirmou o médico.