Fortalecimento da gestão de laboratórios no norte do Brasil é discutido em Belém
O Fórum sobre Políticas Laboratoriais na Região Norte reúne gestores de vários EstadosA fim de aproximar gestores e compartilhar conhecimentos e experiências, visando ao fortalecimento da Gestão Laboratorial na Saúde Pública da região Norte, considerando as peculiaridades e anseios de cada estado e instituição, foi aberto nesta quarta-feira (30), no auditório do Laboratório Central do Estado (Lacen-PA), o Fórum sobre Políticas Laboratoriais na Região Norte. O evento reúne gestores dos Lacens do Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins, além da Coordenação-Geral da Rede de Laboratórios do Ministério da Saúde (CGLAB).
A solenidade de abertura, presidida pelo diretor do Lacen-PA, Alberto Júnior, contou com a presença da secretária adjunta de Gestão de Políticas de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Ivete Vaz, e do diretor de Vigilância em Saúde da Sespa, Amiraldo Pinheiro.
A secretária Ivete Vaz (e) destacou a condição de esquecimento do norte do BrasilA secretária Ivete Vaz destacou que o norte do Brasil “é uma região infelizmente ainda muito esquecida. Toda política pública no País é criada pensando em outras regiões. Por outro lado, nós também ficamos tímidos e acuados. Não avançamos e nem tentamos ir buscar o que é realmente importante para nós”, frisou a gestora. Segundo ela, “toda a equipe do Lacen-PA e demais gestores de Lacens estão de parabéns. Eu espero que no final desse encontro realmente haja propostas para melhorar os serviços e dar maior visibilidade ao trabalho dos Lacens do Norte, que é uma região muito importante para o Brasil no que tange às políticas de saúde. Esse é o primeiro passo para uma grande união”.
Adesão de todos - O diretor de Vigilância em Saúde da Sespa, Amiraldo Pinheiro, ressaltou a abrangência da iniciativa, que conta com a adesão de todos os gestores de Lacens da Amazônia. Ele enfatizou a importância dos laboratórios centrais no processo de vigilância em Saúde.
“Nós, aqui no Pará, nesse novo governo, estamos bastante empenhados em fazer uma vigilância integrada, desde os serviços de saúde, onde há a detecção do risco, seja epidemiológico, sanitário ou ambiental, passando pelo nível técnico, até a concretização no nível dos laboratórios”, explicou o diretor da Sespa. “Os Lacens não podem trabalhar isoladamente, assim como as Vigilâncias. Nós precisamos estar permanentemente integrados, entendendo que a gente faz parte de um único processo”, afirmou Amiraldo Pinheiro.Amiraldo Pinheiro, da Sespa, ressaltou a importância da integração entre a Vigilância em Saúde e o Lacen
Ele disse, ainda, que o Lacen-PA, sob a gestão de Alberto Júnior, entendeu que faz parte do processo de Vigilância em Saúde. “Estamos, permanentemente, discutindo com a área técnica e atendendo aos chamados, com a presença do Lacen-PA, de forma coerente e conforme os protocolos que nós temos da Vigilância em Saúde”, concluiu o diretor de Vigilância em Saúde.
Pactuação - Segundo o diretor Alberto Júnior, o momento é de ampliação de conhecimento entre os Lacens. “Muitas vezes, em função da rotina, a gente não sabe o que o nosso colega faz. Então, tudo o que a gente precisa ou é a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) ou o Adolfo Lutz (Instituto Adolfo Lutz), e às vezes, o nosso colega daqui do lado faz”, informou Alberto Júnior, referindo-se aos laboratórios centrais vizinhos. Ele destacou que o Lacen-AM já tem acreditação e é referência em tuberculose e treinamento para fazer PCR em tempo real para doença de Chagas. Portanto, segundo ele, o Lacen-PA pode fazer pactuação com o Amazonas para esses serviços.
O gestor do Lacen do Pará, Alberto Júnior, disse que o momento é de ampliação de conhecimentosO diretor agradeceu também o apoio da CGLAB para a vinda de todos os gestores dos Lacens a Belém e à equipe do Lacen-PA pela organização do evento. Os agradecimentos se estenderam ao diretor Amiraldo Pinheiro, pela parceria que ampliou a integração entre Lacen-PA e a Vigilância em Saúde. “Tem que ter diálogo entre os técnicos do Laboratório e os técnicos que estão na ponta. E nós estamos construindo essa nova rede de laboratórios no Estado”, afirmou Alberto Júnior.
Segundo ele, a secretária Ivete Vaz entende os anseios e as necessidades da instituição, porque – afirmou o diretor - só com os recursos repassados pelo Ministério da Saúde não é possível realizar todo o trabalho. “Temos um mundo dentro do Laboratório. Há vários agravos, e se não for a Vigilância em Saúde e a doutora Ivete o Lacen-PA não vai para frente”, afirmou Alberto Júnior.
Acreditação - A diretora do Lacen-AM, Tirza Matos, instituição que conseguiu a Acreditação na norma ISO 17025, que rege a Vigilância Sanitária, disse que todos os Lacens já estão se preparando para conquistar a Acreditação, só que há necessidade de reestruturar a metodologia e os procedimentos padrões dessa norma. “Nós, do Amazonas, fizemos uma licitação e contratamos uma empresa para a Acreditação na norma ISO17025. Então, nós temos uma programação de treinamento, de capacitações, procedimentos padrões, compras de materiais, enfim, uma série de processos, que exige um bom investimento na qualidade, mas isso gera retorno para o Estado e para o Lacen. Nós fazemos análise fiscal de empresas grandes que já têm essa qualidade. Isso dá credibilidade ao nosso serviço e ao Estado”, detalhou a diretora do Lacen-AM.
Tirza Matos também destacou a importância do Fórum para o fortalecimento dos Lacens do Norte. “Nós queremos fortalecer a região Norte fazendo uma rede de diagnósticos onde possamos trocar experiência para o fortalecimento de todos”, concluiu.Tirza Matos, diretora do Lacen-AM, informou que todos os Lacens estão se preparando para a Acreditação
Além de Tirza Matos, participarão do Fórum até sexta-feira (1º), os diretores de Lacens Janete Rodrigues (AC), Gelmires Queiroz (AP), Júlio César da Silva (RO), Marconi Aragão (RR) e Jucimária Galvão (TO). O evento conta, ainda, com a presença do coordenador-geral da Rede de Laboratórios do Ministério da Saúde, André Abreu.