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Emater planeja expandir produção comercial de bacuri em Abaetetuba

Localidades com alto potencial já foram identificadas e receberão atenção especial do órgão

Por Aline Miranda (EMATER)
29/10/2019 11h52

Cerca de 20 famílias foram beneficiadas com o Curso de Manejo de Bacurizais Nativos, promovido pela Emater e EmbrapaO escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Abaetetuba, no nordeste do Pará, está se impulsionando para transformar o contexto da produção comercial de bacuri - “hoje ínfima”, segundo o engenheiro agrônomo Flávio Ikeda.

“Em Abaetetuba o que se vê é venda de bacuri importado de outros municípios. Nós da Emater, neste processo recente de estímulo à cadeia produtiva, já identificamos pelo menos 11 localidades com alto potencial: são muitos hectares de bacurizais nativos, os quais, com a devida intervenção científica, podem ter aumento considerável de produtividade e controle de qualidade dos frutos e da safra, resultando em crescimento do mercado de fruta e de polpa”, explica.

Uma dessas localidades é a comunidade Tauerá de Beja, na qual, no último dia 17 de outubro, a Emater e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ministraram um Curso de Manejo de Bacurizais Nativos para 17 famílias. Tradicionalmente mandiocultoras, cada família mantém poucos pés de bacuri, com colheita sem significância para o complemento de renda.

A Emater está programando a instalação de pelo menos duas unidades de observação na Comunidade no início do ano que vem.

Uma das recomendações é a introdução de materiais genéticos selecionados diferentes no bacurizal nativo, no qual as árvores amontoadas são derivadas de uma mesma árvore-mãe, o que prejudica a frutificação de todas.  As novas plantas apresentam características superiores, como fruto doce, e estimulam a frutificação.

De acordo com da Embrapa, no nordeste paraense e Marajó existem cerca de 350 produtores, com 250 hectares já manejados. Em Abaetetuba em específico, áreas degradadas, por ora abandonadas e ociosas, podem ser recuperadas a partir de tratos culturais e métodos como enxertia.