Projetos de robótica desenvolvidos em escolas públicas participam da 10ª Fecti
Feira de Ciência e Tecnologia será realizada pela Sectet, de 23 a 25 de outubro, na Estação das Docas, em Belém
Mesa redonda e oficinas de robótica para estudantes vão ensinar a produzir protótipos, auxiliando no processo educacionalTecnologia a serviço da educação de crianças e jovens será a tônica da mesa redonda “Robótica Educacional”, que será realizada na programação da 10ª Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Fecti), promovida pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), no período de 23 a 25 de outubro, na Estação das Docas, em Belém.
“Temos iniciativas realizadas no Estado em que estudantes e professores utilizam a robótica no processo educacional de forma eficiente, inovadora e muito instigante. São ações que demonstram como a tecnologia é fundamental nesse novo tempo em que se aprende fazendo. Estudantes e professores são estimulados a dividir o protagonismo na construção do conhecimento”, ressalta o titular da Sectet, Carlos Maneschy.
Rafael Callins, da coordenação da 10ª Fecti, destaca que é esse o espírito da mesa redonda. “Na Feira, reunimos algumas dessas ações realizadas em escolas e organizações civis, que se utilizam da tecnologia para envolver crianças e adolescentes num processo educacional bem interessante, que vai além da transmissão de conhecimento. Queremos que essas iniciativas contagiem os participantes da Feira e sejam seguidas como exemplo”, enfatiza Rafael.
Resídios, materiais de baixo custo e reciclados são usados na construção dos robôsA mesa vai reunir representantes de quatro projetos, que são desenvolvidos em Belém e região metropolitana, entre eles, Reusetech, da Escola Estadual Tiradentes I; Robomind Pará e Projeto Social Gileade, desenvolvidos na Escola Estadual Dilma Cattete. A mesa redonda será realizada no dia 24 de outubro, às 16h, no teatro Maria Sylvia Nunes.
Reusetech – O projeto é desenvolvido desde 2017, por professores e estudantes da Escola Estadual Tiradentes I, em Belém, e utiliza resíduos sólidos recicláveis na construção de robôs. O Reusetech será apresentado na mesa redonda também pelos alunos.
“Quando as pessoas escutam os estudantes e veem o que são capazes de construir, mesmo sendo especiais e de escola pública, elas criam coragem de ir além”, conta a professora Mariana Menezes, uma das coordenadoras do projeto, que tem alunos com deficiência no grupo. Ela ressalta que o objetivo maior do Reusetech é criar uma cultura de ciência no Estado. “O que importa para nós é que as crianças, especiais ou não, sintam que são capazes de transformar o futuro delas para melhor”, garante a professora.
Reconhecimento – Na Escola Estadual Dilma Cattete, no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, os alunos são estimulados a utilizar lixo eletrônico na construção de robôs. As peças de equipamentos descartados são recicladas e transformadas em protótipos, sob a orientação da professora Keila Cattete, que levou o projeto este ano para a escola pública. Ela se interessou pela robótica quando ainda era estudante do curso de licenciatura em Matemática, no início dos anos 2000. A professora conta que seu objetivo é fazer com que o Pará seja reconhecido nacionalmente pela produção científica.
Robomind – A Robomind Pará trabalha com robótica educacional no Estado há mais de dois anos e essa trajetória será apresentada pelo responsável pela empresa, Marcos Douglas Gomes. Ele explica que o projeto não envolve conteúdo, pois o objetivo é desenvolver e estimular habilidades tecnológicas e sociais, privilegiando o conhecimento científico. “Trabalhamos por uma educação mais mão na massa, com foco na aprendizagem criativa. Acreditamos que esse é um tema que precisa ser debatido e desenvolvido a fim de colocarmos o Pará em alinhamento com um contexto cada vez mais presente”, afirma Marcos Douglas.
Gileade – O Projeto Social Gileade é desenvolvido no bairro das Águas Lindas, em Ananindeua. Uma das ações é a educação científica, tecnológica e digital, por meio da programação e da robótica educacional sustentável, desenvolvido há mais de três anos.
“Usamos material de baixo custo, sucata eletrônica e softwares livres para inserir crianças e adolescentes da periferia no mundo da tecnologia. Na Feira, vamos levantar essa discussão de como incluir esse público no mundo tecnológico e digital”, destaca o professor de robótica do Gilead, Bruno Ricardo.
Serviço:
Mesa Redonda sobre Robótica Educacional
Dia: 24/10
Hora: 16h
Local: Teatro Maria Sylvia Nunes
Oficinas de Robótica – Robominds: para alunos do ensino fundamental e médio, ministradas pelo professor Marcos Douglas Gomes, do Cesupa/Robomind Pará
Dia: 25/10
15h -16h30: estudantes de 7 a 9 anos.
17h -19h: estudantes de 10 a 17 anos
Vagas limitadas