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DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS

Fórum terá publicitário que passou por três transplantes

Por Roberta Vilanova (SESPA)
25/09/2019 15h18

Autor do livro "A Última Vez que Morri", Alexandre vai compartilhar a experiência de ter passado por dois transplantes de fígado e um de rim. Como parte da programação do Setembro Verde, será realizado nesta quinta (26) e sexta-feira (27), no auditório da Universidade da Amazônia (Unama), o I Fórum sobre Doação e Transplantes de Órgãos e Tecidos.

Organizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) em conjunto com diversas instituições parceiras, o objetivo do evento é oferecer informações e disponibilizar dados sobre o Programa Estadual de Transplantes, como forma de divulgação do tema e formação de multiplicadores.

No dia 27, Dia Nacional da Doação de Órgãos, às 11h, o Fórum contará com palestra do publicitário Alexandre Barroso, autor do livro "A Última Vez que Morri", que vai compartilhar a experiência de ter passado por dois transplantes de fígado e um de rim. O profissional é parceiro do projeto "Jornada Asas do Bem", da ABEAR. No mesmo dia, às 19h, ele fará sessão de autógrafos no Parque Shopping.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes, Ierecê Miranda, também são finalidades do evento fomentar a discussão e disseminação de conhecimentos sobre a doação de órgãos e tecidos, em prol da cultura pró-doação, e sensibilizar futuros profissionais de saúde com o desenvolvimento de uma atitude participativa e multiplicadora da causa, a favor de um maior compromisso social e da credibilidade do Programa.

"Queremos, ainda, suscitar atitudes de prevenção a partir da reflexão de hábitos de vida e situações que levam aos transplantes e agradecer aos doadores e suas famílias o ato de solidariedade", pontuou Ierecê.

A vinda de Alexandre Barroso é resultado de uma parceria com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), que realiza a Jornada Asas do Bem, uma série de palestras para divulgar a importância da doação de órgãos e a contribuição da aviação comercial brasileira para viabilizar transplantes no Brasil. Além de Belém (PA), Alexandre passou pelas cidades paulistas de Sumaré, Sorocaba e Guarulhos, além da capital São Paulo, e Aracaju (SE), durante o Setembro Verde.

Jornada – Lançada em 2018, a Jornada Asas do Bem já passou por 12 estados e o Distrito Federal, reunindo 2,4 mil pessoas em eventos realizados por hospitais, centrais de transplante e iniciativas sociais. A ação é uma extensão do programa lançado em 2014 pela ABEAR, que aborda a importância do transporte aéreo gratuito de órgãos realizado pelas empresas aéreas desde 2001.

Na palestra, Alexandre Barroso, 60 anos, conta a sua história de luta pela vida, depois de três procedimentos de transplante. Ele fala ainda sobre a importância da doação de órgãos e ressalta o papel da aviação para os transplantes.

Segundo a ABEAR, em 2018, quase nove mil itens para transplante, entre órgãos, tecidos, equipes médicas e insumos em geral, foram transportados gratuitamente por aviões, sendo que cerca de 80% do volume foi movimentado por empresas aéreas brasileiras. Todo o trabalho é desenvolvido em conjunto com o Ministério da Saúde, a Central Nacional de Transplantes (CNT), o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e os operadores aeroportuários.

O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, 96% dos procedimentos de todo o país são financiados pelo SUS. Conforme o Ministério da Saúde, em números absolutos, o Brasil tem o segundo maior volume de transplantes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública.

Para o consultor em comunicação da ABEAR, Adrian Alexandri, em um país com dimensões continentais, a participação das companhias aéreas é de extrema importância para oferecer a agilidade necessária para que um órgão possa ser transportado de uma região para outra, mantendo as condições de conservação adequadas para cirurgia. "Além do benefício de conectar pessoas, o transporte aéreo traz uma série de efeitos positivos de caráter social e um deles é salvar vidas, com a agilidade na entrega dos órgãos para doação", afirmou o consultor.

Serviço: I Fórum sobre Doação e Transplantes de Órgãos e Tecidos, dias 26 e 27 de setembro, no Auditório David Mufarrej da Unama (Avenida Alcindo Cacela, 287, bairro Umarizal).