TerPaz inicia ações no bairro do Benguí, em Belém
Atendimentos de saúde, esporte, lazer, além de orientações de cadastro para cursos e projetos, foram realizados neste sábado.Moradores do bairro do Benguí, em Belém, lotaram, neste sábado (14), as instalações da escola estadual Marilda Nunes para participar das primeiras ações do projeto TerPaz na área. Eles puderam conhecer melhor a proposta do Estado para a redução dos índices de violência no Pará por meio da iniciativa, que promoveu atendimentos de saúde, esporte, lazer, além de orientações de cadastro para cursos e projetos que começam a ser oferecidos na localidade.
Presente na ativação das ações sociais do TerPaz no Benguí, o secretário de Articulação da Cidadania (Seac), Ricardo Balestreri, ressaltou que o governo chegou para ficar. “As ações do programa aqui significam que o Estado está voltando a se fazer presente. Não existe paz sem justiça, sem inclusão social, sem presença do Estado. O estado democrático tem que estar presente e não é nenhum favor, é um dever que estamos cumprindo”, resumiu.
Balestreri coordena o projeto, que associa ações de segurança e políticas públicas com a criação de oportunidades para a população mais vulnerável. O eixo da segurança entrou no Benguí no dia 6 de agosto, criando condições para o ingresso de atividades de cunho social que vão permanecer no bairro. Até agora, o programa já foi ativado em quatro dos sete territórios da Grande Belém: Cabanagem, Icuí, Marituba e Bengui. O próximo a receber o programa é a Terra Firme. Até o final do ano também estarão ativados os territórios do Guamá e Jurunas.
População teve acesso a serviços de saúde em diversas especialidades.“Temos um número enorme de ações como essas que estão entrando agora no Benguí, mas que vão continuar ocorrendo permanentemente em lugares onde antes o Estado tinha desaparecido”, disse Balestreri. “Em dois meses e meio, já tivemos mais de 12 mil atendimentos na área da saúde e começamos a entrega dos primeiros cheques-moradia e do microcrédito para estimular o empreendedorismo popular e dezenas de outras ações”.
Parceiros – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) também proporcionou ações que mobilizaram os moradores. Técnicos do órgão promoveram atividades de educação ambiental e inscreveram candidatos para a oficina de reaproveitamento de resíduos sólidos, líquidos e orgânicos, e também para o curso de formação de agente ambiental.
A Ceasa fez exposição do projeto “Reaproveitando Alimento e Cuidando do Meio Ambiente”. As Secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa) e Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) também foram parceiras no evento, oferecendo serviços de saúde e cursos de formação, respectivamente.
O Núcleo de Esporte e Lazer, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), se fez presente com atividades esportivas e os Bombeiros realizaram oficinas de rapel e deram dicas de segurança. O ParáPaz promoveu o lançamento do projeto “Que Sejamos Girassóis”, de combate e prevenção ao suicídio. “Fico feliz que a nossa comunidade esteja sendo assistida pelo Estado agora”, comemorou a diretora da escola, Ivanete Figueiredo.
Cultura - A Secretaria de Estado de Cultura (Secult) também participou, com uma ação de escuta com produtores culturais do bairro e diversos fazedoras e fazedoras de cultural. O objetivo é mapear as produções no bairro e ainda potencializar ações de cunho artístico e cultural no local.
Para Allan Carvalho, da Diretoria de Música da Secult e um dos representantes do TerPaz, a escuta permitiu descobrir a diversidade cultural do bairro do Benguí. “O bairro comprova uma tradição de movimentos sociais e de ativistas dentro da área da cultura. Há uma diversidade enorme aqui. Da literatura, do audiovisual e do teatro. Estamos confiantes de que vai ser um trabalho bem bonito”, aponta.
Danyllo Bemerguy, produtor cultural do bairro, vê na iniciativa a possibilidade de aproximação entre as frentes culturais do local. “Acho fundamental pensar na questão das comunidades, nesses trabalhos em cada bairro. Espero que a partir desse encontro a gente consiga se aproximar muito mais enquanto coletivo e enquanto ações”, conta.
A arte-educadora, Iva Silva, afirma que a escuta ajuda com que cada produtor cultural se reconheça. “A gente passa afinar pontos, para que possamos caminhar para a frente. Estamos todos aqui para somar forças e trazer o que produzimos no nosso espaço para somar com o coletivo”, afirma.
*Colaborou Gabriel Marques