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DIREÇÃO VIVA

Palestra enfatiza prevenção de acidentes com motocicletas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
27/07/2017 00h00

Com o tema “Quero andar de moto até morrer, mas não quero morrer andando de moto”, o Programa Direção Viva foi apresentado nesta quinta-feira (27) pelo ortopedista Guataçara Gabriel, no auditório principal da Fundação Cultural do Pará (Centur), para condutores de motocicletas de Belém. O objetivo foi aperfeiçoar a política de prevenção aos acidentes com motos no Pará, um sério problema de saúde pública.

 “No Pará, dados da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública) apontam que, além das perdas com as mortes, o Estado ainda precisa arcar com outra situação: o alto custo dos tratamentos para recuperar as vítimas de acidentes de trânsito. O quantitativo de pessoas com sequelas que precisam ser tratadas pelo resto da vida é enorme, e gera um grande custo financeiro do ponto de vista da saúde, assim como um impacto social”, ressaltou o médico Hélio Franco, assessor especial da Sespa, que participou da palestra.

Conduzido por Rogério Kuntz, diretor do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), com apoio da Sespa, o “Direção Viva” conscientiza a população sobre as sequelas de acidentes de trânsito. A ação é realizada de maneira contínua e envolve profissionais de diversas especialidades, propiciando a discussão ampla do tema. 

Em sua palestra, Guataçara Gabriel ressaltou as perdas provocadas por um acidente de trânsito, devido aos maus hábitos ao pilotar motocicletas, como imprudência, utilização de telefone celular, uso de álcool e drogas ilícitas, desrespeito às leis de trânsito e excesso de velocidade. O palestrante também discorreu sobre o contexto do HMUE e o cenário atual com todos os elementos associados à vítima de acidente de moto e os impactos financeiros causados à saúde pública. 

Prevenção - “É crescente o número de acidentes com moto. Então, resolvemos sair da área hospitalar e divulgar essas informações aos motociclistas como forma de capacitação, mostrando a importância do uso dos equipamentos de proteção para evitar lesões, como evitar os acidentes, diminuir o número de mortalidade e o índice de pessoas que ficam afastadas do trabalho, entre outras situações”, informou Guataçara Gabriel.

“Essa palestra educacional vem mostrar que um motociclista profissional capacitado corre menos risco de se acidentar. Hoje, nenhum profissional dirige uma moto se não passar por cursos e qualificações como essa. Aqui o profissional é instruído para tomar as ações necessárias para lidar com o trânsito. São informações de grande valia para pessoas que dirigem moto a passeio, que são os maiores acidentados”, ressaltou Alessandro Félix, presidente da Federação dos Motociclistas Profissionais do Estado do Pará (Fedemopa).

Segundo o médico Hélio Franco, o Estado gasta com esse tipo de tratamento cerca de R$ 200 milhões por ano. Em média, 90% dos acidentes com motocicletas envolvem pessoas jovens, de até 30 anos, com a proporção de 1,3 acidente por dia no Pará. Isso representa 80% da ocupação de leitos de cirurgia e trauma-ortopedia na rede pública paraense.  

As ações do Programa Direção Viva são desenvolvidas nos hospitais públicos gerenciados pela instituição Pró-Saúde no Pará. As quatro unidades recebem 90% das vítimas de trauma de média e alta complexidade. Entre os anos de 2014 e 2016, foram realizados mais de 35 mil atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito no Hospital Metropolitano, em Ananindeua; no Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira; no Hospital Regional do Sudeste do Pará, em Marabá, e no Hospital Público Estadual Galileu, em Belém.