Ministério da Justiça e Segup atestam a redução da criminalidade no Pará
Informações divulgadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no mês de agosto indicam que o Pará está entre os 10 Estados que mais reduziram a violência, no período de janeiro a abril deste ano. Segundo o Monitor da Violência, que integra o portal de notícias G1, o Pará é o terceiro Estado que mais contribuiu para a redução da violência no Brasil. As reduções são comprovadas pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), que expôs os dados de agosto e do período acumulado, janeiro a agosto, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (09), na sede da Secretaria, em Belém. Gestores das forças de Segurança estaduais participaram da divulgação dos dados à imprensa.
Entre os dados divulgados destaca-se a redução de 38% nos casos de homicídios registrados no Estado no período de 1º a 31 de agosto, em comparação com o mesmo período de 2018. A diminuição dos índices representa a preservação de 117 vidas, visto que o número de homicídios reduziu de 312 mortes no período, em 2018, para 195 ocorrências este ano. Essa é a maior redução registrada nos homicídios, considerando o período de janeiro a agosto, desde 2010.
Nos casos de roubos houve uma redução de 25%, com 2.241 casos registrados a menos neste ano. Os registros apontam 8.835 ocorrências em 2018 e 6.594 em 2019. Também é a melhor taxa de redução de roubos, comparando todos os meses de agosto, desde 2010.
Os números de roubos a transeuntes tiveram uma redução de 30%, mantendo os índices de queda nesse tipo de crime em todo o Pará. Em agosto de 2018 foram registrados 7.556 casos, já em agosto deste ano 5.302 casos, resultando em uma diminuição de 2.254 ocorrências. Já os dados de roubos a veículos apresentaram diminuição de 45%, sendo 475 e 260 casos em agosto, respectivamente em 2018 e 2019, o que resultou em 215 ocorrências a menos. Os roubos a coletivos tiveram redução de 74% - em agosto de 2018 foram 92 ocorrências, e em agosto deste ano, 24 - menos 68 casos.
“Tudo o que foi alcançado até aqui é fruto do empenho de todas as forças policiais e de um planejamento estratégico, focado na ostensividade e na prevenção. A Polícia Militar, podendo se alocar em pontos estratégicos definidos por nós, levando em conta dias e horários; a Polícia Civil, juntamente com o Centro de Perícias Renato Chaves, atuando fortemente quando a criminalidade viesse a ocorrer. Trabalhamos para que o crime não ocorra, e uma vez ocorrendo, que a polícia judiciária dê uma pronta resposta para que a sensação de impunidade não possa reinar”, enfatizou o titular da Segup, Ualame Machado.
Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que englobam homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, demonstraram uma redução de 38%. Em agosto de 2018 foram 331 ocorrências registradas, enquanto no mesmo período de 2019 foram 205 ocorrências – 126 crimes a menos.
Dado Acumulado - No comparativo dos números acumulados de 1º de janeiro a 31 de agosto de 2018 e 2019, os registros de homicídio também caíram em 26%. Foram evitadas 686 ações criminosas. Tendo sido computadas, nesse período, no ano passado, 2.589 ocorrências, e 1.903, no mesmo período, em 2019.
Em relação ao número de roubos foram computados 74.515 casos em 2018, de 1º de janeiro a 31 de agosto. Em 2019 essas ocorrências reduziram para 57.043, no mesmo período, apontando uma diminuição de 23% nas ocorrências de roubos - 17.472 a menos.
Região Metropolitana - A redução do número de homicídios na Região Metropolitana de Belém, no período de 1º a 31 de agosto, comparando os anos de 2018 e 2019, corresponde a 55%. Em 2018, foram 110 casos, e este ano 50, preservando 60 vidas.
Os casos de roubos, na RMB, ao comparar agosto de 2018 e de 2019, alcançaram uma redução de 29%, com 5.475 registros no ano passado e 3.909 neste ano, o que resultou em 1.566 roubos a menos.
De 1º de janeiro a 31 de agosto, ao comparar 2018 e 2019, a redução do crime de homicídio chegou a 48%, com 458 mortes a menos. No ano passado, 949 homicídios foram computados, e 491 este ano.
Polícia Militar – De janeiro a agosto de 2019, a PM registrou a apreensão de 1.508 armas e de 15.418 pessoas à autoridade policial, além de ter recuperado 600 carros e 2.547 motos. Ainda houve a recaptura de 1.562 foragidos.
“O policiamento é direcionado para fazer frente a essa realidade, analisando essas estatísticas criminais. Nosso foco imediato é reforçar a ação nos sete bairros elencados para receber ou que já foram contemplados pelo programa Territórios pela Paz, que são Benguí, Cabanagem, Terra-Firme, Jurunas, Guamá, Icuí, em Ananindeua, Centro, em Marituba. Mas o trabalho intenso é presente em todo o Estado”, citou o comandante-geral da PM, Dílson Júnior.
Polícia Civil – Entre a produtividade apresentada pela Polícia Civil, no período de janeiro a agosto, está o aumento de 23% dos mandados de prisão cumpridos, de 6% no número de procedimentos instaurados e de 23% nos registros de procedimentos por drogas.
De acordo com o Delegado-Geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira, a PC está se caracterizando pela celeridade e eficiência na investigação. “Isso se deve a atuação do sistema. A polícia Militar de forma preventiva e ostensiva na rua. As ações pontuais no combate a alguns crimes específicos, realizados pela PC, com investigações qualificadas. Se os números de ocorrências envolvendo crimes diminui, isso possibilita que os policiais civis possam desenvolver uma investigação mais qualificada, e por consequência a identificação de seus autores”, ressaltou Teixeira.
Centro de Perícias – No oitavo mês do ano, o Centro de Perícias Cientificas Renato Chaves realizou 573 exames necroscópicos, 3.042 exames de lesão corporal, 324 exames sexológicos, 150 perícias de local de crime contra a pessoa e 930 perícias veiculares.
“Hoje nós conseguimos dar uma resposta mais rápida para a Polícia Civil na emissão dos laudos. Com isso, a gente consegue melhorar o trabalho investigativo. Por conta da redução dos índices de criminalidade, a gente está conseguindo emitir laudos com 10 dias, e também cobrir uma demanda que estava atrasada”, informou o diretor do CPC Renato Chaves, Celso Mascarenhas.