Setran conclui mastro central da ponte rio Moju em setembro
Reconstrução de um trecho da estrutura entra na fase de montagem acima do nível da águaA reconstrução de um trecho da ponte rio Moju entra, neste mês de setembro, em sua fase construtiva mais ágil, quando ocorre a montagem das etapas acima do bloco de fundação, ou seja, acima do nível da água. A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) conclui, até o final do mês, o mastro central que terá, ao final da obra, mais de 90 metros de altura.
A estrutura está, neste sábado (7), com 7 metros e ganha mais 5 a cada dia. Projetado para ter dois pilares de sustentação, o mastro, depois de pronto, começará a receber a montagem do tabuleiro, em segmentos de 12 metros de comprimento, denominadas de aduelas. A primeira, que fica apoiada sobre a travessa do mastro, já deverá estar montada até o final de setembro. A partir dela, serão colocadas outras nove para cada lado da ponte, que ficarão fixadas por cabos estais. A última aduela, denominada “de ligação”, conectando a ponte estaiada aos trechos remanescentes, será a última peça a ser montada nas duas extremidades da ponte, totalizando 134 metros para cada lado do mastro, ou seja, 268 metros.
Mastro central está com 7m e ganha 5m a cada diaA primeira aduela é sempre a de maior complexidade, por envolver um sistema de andaimes específicos, que se apoiarão diretamente sobre o bloco de fundação. A montagem dessas partes, que darão origem ao piso, estão sendo fabricadas em Fortaleza (CE) e começaram a chegar este mês ao Pará. A última remessa está programada para estar no canteiro de obras antes do dia 30 deste mês.
Estão sendo reconstruídos 286 metros da ponte, que constituem o vão central que foi parcialmente destruído no último dia 6 de abril, após o choque de uma balsa que navegava de forma clandestina no local.
Toda a extensão da ponte sobre o rio Moju tem 860 metros. O equipamento faz parte do complexo de 4 pontes da Alça Viária, na PA-483, que liga a região metropolitana de Belém ao sul e sudeste do Pará.
Segundo o titular da Setran, Pádua Andrade, a obra entra na fase mais célere, após serem vencidos os desafios da construção dentro da água, na qual a engenharia teve de trabalhar tendo um regime de marés rigoroso e uma correnteza que pode chegar até cinco nós no ponto onde o rio Moju encontra o rio Acará (área da ponte).
Balsas e empurradores, além de outras embarcações de pequeno porte, dão apoio aos trabalhosCom 400 quilômetros de extensão, o rio Moju nasce em Bom Jesus do Tocantins, cruza Breu Branco, Moju e deságua no rio Acará. “Com a construção acima do nível da água, a única adversidade pode ser a chegada do período chuvoso antes do tempo na região. No entanto, estamos confiantes que a ponte será entregue no prazo de 150 dias a partir do início da obra, ou seja, final de novembro”, destacou Pádua Andrade.
Os trabalhos em cima do rio continuam, com apoio de duas balsas e quatro empurradores, e ainda diversas embarcações de pequeno porte, que fazem transporte de pessoal. Com a correnteza forte, a perícia da tripulação tem sido determinante também para a agilidade do trabalho, “justamente por essa razão, foram contratados profissionais da região, que conhecem o comportamento das águas dos rios”, disse o secretário.