Seduc centra foco na Prova Brasil neste segundo semestre
A Prova Brasil, que acontecerá no último bimestre deste ano, foi o foco principal da reunião que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promoveu nesta segunda-feira (31) com os gestores das Unidades Regionais de Ensino (URE) e das Unidades Administrativas Seduc na Escola (USE) da Grande Belém e municípios do interior. O encontro permitiu o alinhamento de estratégias de trabalho para o segundo semestre de aulas, que inicia em 2 de agosto nas escolas estaduais.
A reunião foi dirigida pelo secretário adjunto de Ensino, José Roberto Silva, e contou com a presença da titular da Seduc, Ana Claudia Hage, que abordou vários assuntos pertinentes ao reinício das aulas, como lotação de professores, merenda escolar e infraestrutura, entre outros. Sediada no auditório da Escola Estadual Deodoro de Mendonça, em Belém, a programação iniciou de manhã e se estendeu até o final da tarde, pautada em questões gerenciais, técnicas, pedagógicas e de segurança nas escolas. Oito UREs participaram por meio de webconferência.
Recomendação - A secretária de Educação foi incisiva ao destacar o que, segundo ela, deve ser a missão primordial da Seduc: a dedicação e empenho de todos para garantir a aprendizagem dos estudantes. E o foco é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Este semestre deve ser bastante produtivo. Estamos no ano em que ocorre a Prova Brasil, que avalia a aprendizagem dos estudantes. Podemos e devemos avançar no aprendizado e proficiência dos estudantes, e para isso é necessário o empenho de cada um de vocês”, destacou.
O teste será aplicado de 23 de outubro e 03 de novembro. Na prova de 2015, ano da última avaliação, a média do Pará avançou, chegando a 3,2, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o Estado alcance um patamar mais adequado. “A Prova Brasil, aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, visa um diagnóstico em larga escala da educação nacional. Mas o Pará tem o seu próprio teste, aplicado no ano intervalar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), denominado Sistema Paraense de Avaliação Escolar (SisPAE) e cujo desempenho dos alunos subsidia o cálculo do Ideb.
Obras, lotação e segurança
Outras questões também estiveram em pauta na reunião organizada pela Secretaria Adjunta de Ensino, como infraestrutura, merenda escolar e lotação de professores. De acordo com a secretária de Educação Ana Claudia Hage, a Seduc tem mais de 500 obras em vários estágios execução. Dessas, 17 estão previstas para serem entregues até o final de agosto.
Na área de recursos humanos, o trabalho da Seduc tem sido intenso para garantir a lotação de professores. Nas últimas semanas foram contratados 1.743 professores, sendo 186 para o Mundiar (programa que corrige a distorção idade-série de aprendizado), 83 para o ensino profissionalizante, 1.411 para a educação geral e 63 para a educação especial.
A segurança das escolas foi outro assunto abordado. Também presente à reunião, a tenente Ellen Batalha, da Companhia de Policiamento Escolar (Cipoe), fez um balanço do trabalho da unidade informando que em maio deste ano 40 policiais fizeram um treinamento específico sobre segurança escolar. Já neste mês de agosto será implantado um novo Plano de Segurança Escolar, que será testado na Escola Hilda Vieira, no bairro da Marambaia, em Belém.
Fluxo e formação de educadores
O fluxo escolar (que compreende fatores como aprovação, reprovação e evasão) e o desempenho dos alunos com base no Censo Escolar da Educação Básica 2016 e nos dados do Sistema Paraense de Avaliação Escolar (SisPAE), também foram postos à debate, o que permitiu a definição de um plano de ação e monitoramento desses dois itens nas escolas da rede.
Participaram do debate o secretário adjunto de Ensino, José Roberto Silva; as diretoras de Ensino Médio e Profissionalizante, Joseane Figueiredo, de Ensino de Educação Infantil e Fundamental, Arizete Martins, e a coordenadora estadual do Censo Escolar da Educação Básica, Simone Palheta. Os gestores foram informados na ocasião que nos dias 8 e 9 haverá um seminário sobre gestão escolar promovido pelo Projeto Jovem de Futuro (PJF).
Nos dias 10 e 11 acontecerá uma formação para técnicos de USEs, mesma formação que será repetida nos dias 16 e 17, para os técnicos das UREs e escolas da Região Metropolitana. Joseane Figueiredo informou que o foco dos dois eventos é melhorar a aprendizagem visando à permanência do aluno nas escolas. Ela chamou atenção, ainda, para o fato de que a maior taxa de evasão de alunos se dá no segundo semestre, e mais particularmente no Ensino Médio, motivada pela necessidade que os estudantes têm de trabalhar para prover suas famílias e necessidades pessoais. “Tem que ser feito um trabalho intenso com esses alunos”, ressaltou a diretora de Ensino Médio.
(Colaboração: Katia Vilhena)