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Serviço de transplante renal pediátrico da Santa Casa beneficiará pacientes e familiares

Por Helder Ribeiro (SANTA CASA)
27/08/2019 17h20

Pedro e a mãe, Lenuane Pereira, em sessão de hemodiáliseHá dois anos, Lenuane Pereira leva seu filho Pedro, hoje com 9 anos, para fazer hemodiálise no Serviço de Terapia Renal Substitutiva da Santa Casa de Misericórdia do Pará. O menino pesa menos de 20 quilos e, se fosse submetido a um transplante nessas condições, precisaria ser encaminhado a uma unidade de saúde fora do Pará. Uma realidade que começa a mudar com o credenciamento da Santa Casa para realização do transplante em crianças a partir de 15 quilos. “Não só eu, como também outras mães passam por essa situação de ter que deixar sua família para sair do estado. Havendo a possibilidade de ser por aqui, fazer o transplante aqui mesmo na Santa Casa, vai ser uma maravilha”, disse Lenuane, que agora não precisará ficar longe da filha, de apenas 2 anos, para buscar o tratamento para o menino.

Para a nefrologista pediátrica e coordenadora do Serviço de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica da Santa Casa, Monick Calandrini, além de trazer benefícios aos pacientes, às famílias e ao próprio Estado, que vai reduzir o volume de pacientes enviados para transplante a outros centros de tratamento, a realização do transplante na Santa Casa integraliza a assistência, em todas as modalidades de tratamento da substituição renal, desde a fase antes da diálise, no ambulatório de  renais crônicos, passando pela hemodiálise, até o preparo para o transplante renal. “Teremos a possibilidade até de trabalhar com o transplante preemptivo, realizado antes de a criança entrar em hemodiálise ou diálise peritoneal”, informou a médica, que também destacou os esforços da Fundação Santa Casa e da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), além do apoio das equipes de transplantes do Hospital Ophir Loyola e Hospital Oncológico Infantil Otávio Lobo.

Paciente atendido no Serviço de Terapia Renal Substitutiva da Santa Casa do Pará“A Santa Casa vai ser o primeiro hospital com uma equipe especializada em transplante renal pediátrico a realizar o procedimento em crianças a partir de 15 quilos. O Hospital Ophir Loyola realiza o transplante renal em crianças a partir de 20 quilos desde 1999, e parte dessa equipe vai compor a equipe da Santa Casa. Conquistamos o credenciamento depois de dois anos e meio em um processo contínuo, que envolveu preparo técnico, institucional e de fluxogramas, para que chegasse à liberação da habilitação pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde”, explicou Monick Calandrini.

Conquista da população - O esforço coletivo levou a uma importante conquista não só para a Santa Casa - instituição com mais de três séculos de atuação em Belém -, mas para a população, frisou o presidente da Fundação Santa Casa, Bruno Carmona. “Sem dúvida nenhuma é um grande ganho para a população do nosso Estado, para os pacientes que precisam desse tipo de atendimento, um conforto para a família. E nós, profissionais da área de saúde, nos sentimos imensamente gratificados quando conseguimos executar o nosso trabalho de forma correta para atender a população. Afinal de contas, fomos treinados e preparados para isso, e é o que gostamos de fazer”, acrescentou.

A equipe especializada e capacitada em transplante renal pediátrico é composta por três nefropediatras, duas enfermeiras, uma equipe de cirurgia pediátrica, três uropediatras e um cirurgião vascular, além de uma equipe multiprofissional.

O espaço Unidade de Transplantes Renal Pediátrico vai contar com oito leitos e um isolamento, permitindo à Santa Casa atuar no pré-transplante, transplante e acompanhamento pós-transplante. Quando passar a fazer o transplante, a Santa Casa atenderá crianças e adolescentes com peso a partir de 15 quilos e idade até 17 anos. (Texto: Etiene Andrade).