Crianças da plateia viram protagonistas em espetáculo da Feira do Livro
Pequenos subiram ao palco e foram o grande espetáculo na Arena Walcyr MonteiroDurante boa parte da tarde desta segunda-feira (26), as crianças saíram da plateia e foram para o palco, se tornando grandes protagonistas de pequenos espetáculos em uma programação que contou com contação de histórias na Arena Walcyr Monteiro. A atividade ocorreu durante a 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, realizada no Hangar Centro de Convenções, em Belém.
As crianças do Jardim II da UEI Providência, com a apresentação Vem Ver, Vem Aprender, Belém de A a Z, mostraram uma forma diferente de aprender o alfabeto, relacionando as letras a elementos típicos da cultura paraense, como o açaí, o bosque, a chuva. "É um projeto que abriu para um leque enorme de aprendizado para mim tanto quanto para eles, que são as estrelas desse momento", explicou o professor Carlos Alessandre, que ensaiou as onze crianças participantes. "É incrível ter aqui esse espaço que permite a eles brilharem, serem protagonistas desse aprendizado", reconheceu.
Os familiares encheram os assentos e não escondiam o orgulho de ver os pequeninos artistas. "É muito legal ter isso aqui na Feira. Foram duas semanas de ensaio e muita ansiedade", confirmou o avô de Maria Sofia, 5, o aposentado Almir Chagas.
A analista de sistemas Aline Pimentel, mãe da Giovana, também participante do show, trouxe a família para acompanhar o desempenho da menina. "É maravilhoso poder desfrutar disso em meio a uma programação tão lúdica", elogiou.
Em seguida, os estudantes do 7º ano da Escola Palmira Lins de Carvalho, com "Belém do pô-pô-pô", apresentaram dança e música em um enredo criado a muitas mãos, pelos professores e alunos. "Essa é uma oportunidade incrível para eles, que, às vezes, são tímidos e podem sair da cadeira e ser um pouco artistas também. A gente tem muito a aprender com eles", comentou a coordenadora das bibliotecas da Secretaria Municipal de Educação (Semec), Georgete Albuquerque, que acompanhou a programação.
"Acho que poder trazê-los para cá é um incentivo em vários aspectos. Uma coisa é fazer na escola, outra é para o público da Feira. Eles estão radiantes", confirmou a diretora da unidade de ensino, Carine Coelho.
A arte educadora e contadora de histórias Lilian Ticia, com "A Lenda do Surgimento das Histórias", inspirada em um conto africano, colocou até quem estava sentado dentro da narrativa. "Esse é um espaço importante da voz, para várias linguagens, porque permite mostrar a diversidade, histórias de todos os cantos. Minha arte é minha forma de contar e de tantos outros que vão passar aqui", enalteceu.
