Santa Casa trabalha para garantir maior qualidade no atendimento
Com ênfase na eficiência da gestão administrativa e economia dos recursos, a direção da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará realiza uma série de ações voltadas ao reforço do quadro funcional, buscando a melhoria do atendimento no complexo que assiste 100% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e é referência na atenção à gestante de alto risco e ao recém-nascido. À Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) foi solicitada a cessão de 461 servidores para atuação no hospital, e está em andamento o processo de modernização completo da cozinha, que será atendida por empresa contratada por meio de licitação pública.
De acordo com o presidente da Fundação, Bruno Carmona, trata-se unicamente da terceirização de um serviço essencial de apoio prestado a um hospital totalmente público, e que não vai gerar quaisquer exonerações. "Quando assumi a Santa Casa comecei a visitar setor por setor, e as solicitações que mais ouvi foram sobre a problemática de servidores insuficientes, exauridos em carga horária e plantões para manter o funcionamento do hospital. Solicitei à Sespa um reforço que supre a demanda, e aguardamos uma resposta. Como estamos no limite de contratações de temporários em relação à quantidade de efetivos, encontrei no repasse da gestão do fornecimento de refeições uma forma de remanejar servidores às áreas mais demandadas, sem aumento nos custos", explicou o gestor.
Termo de Referência - Foram quatro meses de levantamentos realizados pelo setor financeiro do órgão para confirmar que a mudança seria viável administrativa e financeiramente, o que incluiu pesquisa de qualidade em hospitais que já usam esse tipo de serviço, como o Hospital Ophir Loyola (HOL) e a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC). A análise gerou a criação de um Termo de Referência, que norteará toda a atuação da empresa a ser licitada. "Do ponto de vista administrativo, há uma economicidade de gestão, até porque com cozinha própria eram pelo menos quatro contratos de fornecedores de insumos, proteínas, hortifrutis etc. Na nova modalidade, fica tudo centralizado em um só, seguindo rigorosamente as regras impostas. Havendo qualquer descumprimento, se abre espaço para nova licitação", acrescentou Bruno Carmona. Já está definido que Organizações Sociais (OSs) não participarão da disputa.
Hoje, a cozinha é atendida por 67 efetivos, que a partir da atuação da empresa contratada serão remanejados para outros setores com carência de pessoal, dentro da própria Santa Casa. Cessão para outros órgãos estaduais ou demissões não estão dentro das possibilidades, garantiu o presidente da Fundação Santa Casa. "Precisamos de mais gente em todos os atendimentos. Não podemos deixar de contar com os que já estão conosco", assegurou.