Usuários em tratamento médico no Hemopa recebem visita de robô da Hemofilia A
A rotina dos usuários em tratamento médico na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa, foi bem diferente do cotidiano com uma visita surpresa nesta terça-feira, 9, do Robô da Hemofilia A, que passou o dia esclarecendo dúvidas e repassando informações para quem quer saber mais sobre a doença que atualmente atinge cerca de 12 mil pessoas no Brasil, entre os tipos A e B.
O Pará é o nono estado brasileiro com maior número de pacientes com esse distúrbio hemorrágico com mais de 420 hemofílicos, sendo pouco mais de 337 do tipo A e 86 do tipo B.
A tecnologia robótica despertou o interesse de servidores, usuários e acompanhantes que visitaram o Hemopa. Ela pertence ao Laboratório Roche e sua principal função é ajudar os pacientes a conhecerem um pouco mais sobre hemofilia e sobre as novas tecnologias, a profilaxia e o que o tratamento pode proporcionar para a melhoria na qualidade de vida deles.
De acordo com Diogo Carvalho da Costa, consultor do laboratório, essas visitas aos hemocentro, por regiões, visa despertar o conhecimento e tirar todas as dúvidas sobre a doença Hemofilia A. "A nossa principal intenção é divulgar, pois quanto mais pessoas souberem e conseguir encurtar esse tempo de tratamento, é sempre melhor. Ficamos felizes de poder estar com o Hemopa neste circuito no Norte"
O Hemopa é referência na assistência de patologias do sangue no Pará, entre elas, a hemofilia que é um distúrbio ou desordem genética e hereditária da coagulação do sangue. De acordo com a coordenadora de Atendimento Ambulatorial do Hemopa, a médica Saide Maria Sarmento Trindade, a pessoa com hemofilia tem deficiência de um fator que faz parte da coagulação que pode ser grave, moderada ou leve. "Existe a Hemofilia do tipo A, na qual a deficiência do fator VIII, e a Hemofilia do tipo B, com deficiência do fator IX".
Na prática, quando uma pessoa se fere ou corta, automaticamente as proteínas sanguíneas entram em ação para estancar o sangramento. Isso ocorre porque existem 13 tipos diferentes de fatores de coagulação (expressos por algarismos romanos). Mas como os hemofílicos apresentam deficiência de um deles, há dificuldade na coagulação, o que causa sangramentos prolongados. Por isso, esses pacientes devem fazer, constantemente, a profilaxia do fator deficiente.
Ao ser diagnosticado com hemofilia, o paciente passa a ser acompanhado na Fundação Hemopa. "Aqui, o usuário passa a receber atendimento de uma equipe multiprofissional. Além do médico hematologista, há ainda assistente social, consulta de enfermagem, fisiatria, fisioterapia, odontologia, psicologia, assistência farmacêutica e pedagógica", ressalta a médica.
Atendimento - O primeiro passo é o usuário procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência. Ele, então, será encaminhado para o Departamento de Regulação (DERE), responsável por agendar a consulta na Fundação Hemopa. Se comprovada a existência de doença hematológica, o paciente passa a ser acompanhado pela equipe multiprofissional do hemocentro e suas consultas passam a ser agendadas no local mesmo.
Serviço: O Hemopa fica na Travessa Padre Eutíquio, 2109. O atendimento ambulatorial de pacientes é de segunda a sexta-feira, 7h às 18h. Outras informações:3110-6500.