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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Governo do Pará investiu R$ 80 milhões em bolsas científicas nos últimos 10 anos

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/08/2017 00h00

O Palácio dos Despachos, na capital paraense, foi o palco da abertura do Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), na noite desta quarta-feira, 16. A união de esforços, conhecimento e experiências a fim de buscar um orçamento satisfatório para as pesquisas no Brasil foi a tônica da cerimônia. O Fórum Confap, organizado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), segue até esta sexta-feira, 18.

O evento reúne os presidentes de todas as fundações estaduais de amparo à pesquisa; presidentes e representantes de agência federais de fomento (CNPq, Capes e Finep); representantes de instituições de pesquisa; reitores de universidades; parceiros nacionais e internacionais; diretores da área de CT&I; pesquisadores; além de representantes da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Durante a cerimônia de abertura, a presidente do Confap, Maria Zaira Turchi, destacou que, durante os três dias de evento, a ciência do Brasil encontra-se concentrada em Belém e, mais amplamente, na Amazônia, por isso enfatizou a importância da integração entre os participantes do evento. “O Brasil está aqui, a ciência brasileira está representada neste fórum. Precisamos estar unidos para mostrar a relevância de ciência, tecnologia e inovação para o avanço do país”, pontuou.

O diretor de políticas e programas de desenvolvimento do ministério, Jailson Bitencourt de Andrade, partiu da mesma premissa para destacar que é necessário o uso intensivo de CT&I para garantir o desenvolvimento social. Ele lembrou que a diferença entre os países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento é que os primeiros consideram os dispêndios em ciência, tecnologia e inovação como investimentos.

Também presente ao evento, o chefe de Ciência, Tecnologia e Inovação da delegação da União Europeia no Brasil, Alejandro Zurita, demonstrou total apoio ao país, para tanto, ele ressaltou que é necessário identificar as prioridades, a fim de que possa ocorrer a cooperação. “A Europa acredita que o crescimento pleno precisa de um aumento do orçamento na área de CT&I”, explicou.

Fapespa: 10 anos

O presidente da Fapespa, Eduardo Costa, ressaltou que os investimentos na área científica se refletem em novos produtos, novas empresas, verticalização da produção e, consequentemente, em uma economia mais dinâmica. Costa propôs, ainda, que, ao final dos três dias de Fórum, os participantes possam apresentar uma “Carta de Belém”, em que reúnam alternativas para a garantia de investimentos em CT&I e pesquisa no país.

A noite foi ainda de comemoração pelos 10 anos da Fapespa. Durante essa década, a Fundação contratou 985 projetos de pesquisa, apoiou 244 eventos e ofertou 6.558 bolsas (total de R$ 80 milhões investidos). O presidente Eduardo Costa ainda destacou ações recentes, como a gestão do Programa Tecnova, as parcerias no polo científico-tecnológico de Salinópolis e no Laboratório da Qualidade do Leite, o apoio técnico-cientìfico ao polo de pesca e aquicultura em Bragança e o convênio com a Santa Casa do Pará.

Costa também anunciou o lançamento, até o final do mês de agosto, de um novo edital de iniciação científica, totalizando R$ 1 milhão. Além de quatro editais do Programa InterPará para as regiões do Marajó, Tocantins, Caeté, Capim e Guamá. O presidente disse, ainda, que os paraenses precisam se apropriar da Fundação para garantir o amparo à pesquisa no Estado. “A superação da condição de subdesenvolvimento da Amazônia passa, fundamentalmente, por investimentos em CT&I, por isso a Fapespa deve ser apropriada pela população, que precisa entender a importância do amparo à pesquisa”, concluiu.

O desafio nacional

O primeiro dia de fórum foi marcado também pela palestra do titular da Sectet, Alex Fiúza de Mello, que destacou a Amazônia como o “maior desafio nacional do século XXI”. Ele observou que os brasileiros costumam enxergar a Amazônia como uma questão local, entretanto é necessário unir esforços para superar os desafios impostos e, assim, segundo o secretário, “sobreviver” diante do atual cenário.

Fiúza de Mello pontuou que é necessário encontrar um meio de gerar o desenvolvimento de forma a garantir também a preservação ambiental, porém não há exemplos a serem seguidos nesse sentido, é necessário inventar. Para o secretário, os recursos naturais guardados pela Amazônia podem ser a salvação do Brasil, pois “o desenvolvimento humano sempre depende de dois fatores: recursos naturais disponíveis e conhecimento aplicado”, concluiu.

O Fórum Confap continua nesta quinta-feira, 17, com duas mesas redondas pela parte da manhã e, à tarde, os participantes realizam reunião fechada. Na sexta-feira, 18, eles visitam o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá.