Boletim Segurança Pública
O governador do Pará, Helder Barbalho, recebeu, na tarde da última quarta-feira (29), uma comitiva formada por sete representantes de associações de esposas de policiais militares, no Palácio do Governo. O objetivo foi discutir, ao lado de membros da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), das Secretarias de Planejamento e Educação, Banco do Estado do Pará (Banpará), e outros, o movimento das mulheres, que impede a saída dos policiais do 2° Batalhão de Polícia Militar.
Mesmo após ser atendido o pedido de aumento do aluguel social, uma condicionante para o fim do movimento, as mulheres decidiram manter o impedimento dos agentes de deixar o BPM. Diante do não cumprimento do prometido, a reunião foi suspensa. O governo afirma que mantém o canal de diálogo aberto, a fim de expor e construir medidas para melhorar as condições de trabalho e bem estar dos policiais, desde que as esposas cumpram com o acordado e permitam que os policiais voltem a exercer as suas funções, de servir e proteger a sociedade.
Interdição – A Segup informa ainda que, de acordo com a Polícia Militar do Pará, nesta quinta-feira (30), na capital, permanece apenas a interdição feita pelas esposas dos PMs do 2º Batalhão, localizado no bairro da Campina, em Belém, impedindo a saída dos agentes para o trabalho nas ruas.
O policiamento ostensivo e preventivo na circunscrição da unidade ocorre sem prejuízo à segurança da área. Vinte e duas viaturas realizam ações de policiamento, com o apoio de unidades do Comando de Missões Especiais (CME), Comando de Policiamento Especializado (CPE), motopatrulhamento do 28º Batalhão (Batalhão Águia) e equipes de policiamento ciclístico.
No 5° BPM em Castanhal, três viaturas e motocicletas da Rocam permanecem paradas nas dependências da unidade. O policiamento no município está sendo realizado por 9 viaturas – da supervisão do quartel e da 1° 2° Companhias do 5° BPM, sem causar prejuízo nas atividades. Não há interdição no 6° e 10° Batalhão de Polícia Militar.
Elucidados – Todos os casos que vitimaram agentes de segurança pública no Estado do Pará, no ano de 2019, foram solucionados. No período de 1º de janeiro a 28 de maio deste ano, houve registro de 22 casos de homicídios de agentes de segurança, sendo 21 deles de policiais militares. Desses registros, os autores foram presos, mortos ou identificados e já tem mandado de prisão decretado.
“Todos os casos que ocorreram nós demos a resposta imediata, mas agora estamos trabalhando para que não ocorram, passar a mensagem para a tropa de que o Estado é maior do que qualquer criminoso”, declarou o titular da Segup, Ualame Machado.
A atuação da investigação não se limita ao período do caso em si. Medidas de segurança foram elaboradas a fim de operar no processo pós-morte e combater esse tipo de violência. Exemplo disso é o aplicativo “SOS PM”, criado para funcionar como uma espécie de botão do pânico, onde uma notificação é enviada a todos os usuários cadastrados no sistema e no Centro Integrado de Operações (CIOP). Além dessa, outras medidas estão sendo adotadas, como curso de autodefesa, operações de rondas em residências policiais que foram ou se sentem ameaçados.