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Governo do Pará anuncia investimentos logísticos para o Estado na abertura da Fipa

Por Redação - Agência PA (SECOM)
16/05/2019 11h54

Homenageado com a medalha do Mérito Industrial Simão Miguel Bitar durante a abertura da 14ª edição da Feira da Indústria do Pará (Fipa), nesta quarta-feira (15), no Hangar - Centro de Convenções, o governador Helder Barbalho anunciou, à ocasião, ações que devem modificar o cenário econômico do Estado a longo prazo. Além da confirmação do início da derrocada do Pedral do Lourenço já para o segundo semestre deste ano, com foco na exploração do potencial hidroviário, o chefe do Executivo estadual confirmou a Ferrogrão, ligando o Pará ao Mato Grosso (MT), e a primeira etapa da Ferrovia Paraense como prioridades da agenda ferroviária. No próximo dia 23, no Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas, ele assina com a Vale o acordo para a instalação da primeira planta de verticalização de minério de ferro.

"A crise econômica do país, para nós, não é muro, não é impedimento. A esta crise nós responderemos com mais trabalho, mais entrega, mais possibilidades para o nosso povo", discursou. "Estamos falando da implantação do pólo metal mecânico em Marabá, para que construamos um novo tempo da siderurgia, da tão sonhada verticalização mineral no Pará", destacou Helder. 

Desenvolvimento - A primeira etapa da Ferrovia Paraense, ligando Barcarena a Marabá e à Norte-Sul, terá mais de 700 quilômetros de trilhos, contará com um investimento de cerca de R$ 3 bilhões e deve se configurar como um diferencial logístico. A expectativa é de ter o projeto executivo da obra consolidado até 2021 e tão logo iniciá-la. "Vamos diminuir os custos de nossos produtos, tornando o Estado mais competitivo, prestigiando o principal porto do Brasil e o mais próximo da América, Ásia e Europa, além de desafogar nossas estradas", justificou. Na próxima semana, deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa (Alepa) o novo marco legal de parcerias para a atração de investimentos logísticos, a fim de despertar mais atrações desses e outros projetos estruturantes. Será feita no âmbito legislativo a definição do modelo de exploração: se de concessão, como já ocorre, ou se de direito de uso privado.

Já a Ferrogrão, que terá impacto significativo para o escoamento da produção de grãos produzida no oeste paraense, se não for priorizada pelo Governo Federal, de acordo com Helder, sairá do papel por meio de um consórcio estabelecido entre os dois estados - e esse já é um ponto de anuência entre os dois governadores.

O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Iran Lima, cita a parceria com a Vale como um primeiro passo para a abertura de um diálogo franco com a indústria, de um modo geral. "Buscamos o debate com uma empresa tradicional no Pará, a população vinha cobrando isso. Era um sonho de todos, e que nos traz uma perspectiva de modernização cada vez maior, assim como de abertura para novos mercados, e mais possibilidades de geração de emprego e renda", enumerou.

Sobre a Fipa, além de elogiar a iniciativa por parte da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), realizadora do evento, o governador reconheceu a importância de promover um encontro para apresentar aos potenciais investidores tudo o que o Estado tem e que pode ser convertido em desenvolvimento. Ele agradeceu a medalha recebida, concedida a personalidades, organizações e instituições públicas que tenham distinção por obras dedicadas ao bem público, com prestação de relevantes serviços à indústria paraense.

"Me honro e fico sensibilizado com o gesto da Fiepa, e ao mesmo tempo desafiado a poder fazer com que esta honraria seja correspondida por um Governo capaz de dialogar, de garantir segurança jurídica, atração e atratividade, e desburocratização para quem desejar investir", declarou.

O presidente da Federação das Indústrias do Pará, José Conrado, explicou sobre o tema da edição de 2019, "Indústria 4.0". "Esse é um evento bianual que tem como diferencial o debate sobre o avançar da tecnologia. Por isso escolhemos um tema que permita mostrar o que as indústrias tem e estão fazendo em termos de pesquisa e inovação para enfrentar um mercado que não é só local ou nacional, e sim mundial", detalhou. O coordenador da programação, Ivanildo Pontes, se disse satisfeito com a representatividade que será vista pelo público. "Estamos vivendo um momento de globalização, com redução de custos, e é isso o que temos feito. Por isso o tema de tecnologia é tão importante. Teremos muitas palestras e atividades voltadas a essa temática, em todos os espaços", convidou.

Com um dos maiores estandes de toda a feira, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA) enalteceu o significado do evento para o mercado. "Nunca poderíamos estar de fora de uma programação que já faz parte do calendário. Como correalizadores, temos o prazer de ter um espaço para microempresários, modelagem de negócios, rodadas de conversa, workshops, tem muita coisa importante voltada a um tema que tudo a ver com esse público", avaliou o diretor Rubens Maia.