Projeto do Detran foca na conscientização de jovens no trânsito
Uma palestra para alunos do curso de psicologia, por meio da disciplina Psicologia do Trânsito, foi promovida, nesta terça-feira (23), pelo Departamento de Trânsito do Pará (Detran) dentro do "Detran nas Universidades". O projeto tem o intuito de conscientizar jovens entre 18 e 25 anos, que são os que mais morrem no trânsito.
A ação educativa ocorreu na Universidade da Amazônia (Unama), no campus da Alcindo Cacela, onde estão programadas mais duas atividades neste mês: quarta-feira (24), às 10h; e a última no dia 29, às 19h.
A aluna Maria Amâncio, do 5º semestre de psicologia, conta que já sabia que os que mais morrem no trânsito são jovens e acha importante ter a disciplina de Psicologia no Trânsito, além das palestras que o Detran leva às universidades. “Vejo essa palestra como um meio de aprendizado, que influencia mais na nossa elaboração na psicologia do trânsito, que é uma disciplina que está há pouco tempo no curso e que nos ajuda a entender melhor essa área”, comenta.
A universitária Isabella Viana ficou perplexa ao saber que são os jovens os que mais morrem em acidentes de trânsito. “Temos aquela ideia de que vamos viver para sempre. Pensava que eram pessoas da terceira idade, que, por perderem certa rapidez e atenção, sofressem mais acidentes”, conta ela, que já sofreu um acidente.
“Meu ex-namorado não gostava de usar o cinto de segurança. Uma vez, ele foi me buscar em casa e alertei para o uso. Chegando na Almirante Barroso, um carro bateu a gente em alta velocidade. O cinto nos segurou”, lembra.
O coordenador de Educação do órgão, Victor Oliveira, afirma que o projeto é novo e está voltado para a conscientização dos jovens. “A Unama é a primeira instituição a receber esse projeto. Queremos abrir um horizonte ignorado por essa juventude”, diz.
Segundo dados do Detran, no ano de 2018, foram registrados 72 mortes de jovens entre pedestres, passageiros, ciclistas, condutores e motociclistas, com idade entre 21 e 30 anos. O maior número de mortes está concentrado na categoria de motociclistas. Foram 50 casos registrados de pessoas dessa faixa etária.
Palestra – Os pontos abordados nas palestras fazem um apanhado geral em educação e segurança no trânsito em relação a pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas e, claro, a Lei Seca.
O assistente de trânsito Cristóvão Mota afirma que o número de mortes nessa faixa etária é grande devido à falta de experiência na direção. “Os estudos dizem que esta faixa compreende jovens que recém receberam a habilitação, estando mais propensos a testar os limites de velocidade ou que podem associar bebida e direção, por isso é importante visitar os espaços que eles frequentam, no caso as universidades”, explica.
Colaboração: Maria Clara Silva