Seaster capacita supervisores e visitadores do “Criança Feliz”
A cidade de Breves, localizada na região do Marajó, recepcionou a primeira capacitação de Supervisores e Visitadores do Programa Criança Feliz. Realizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), a oficina é direcionada aos profissionais das áreas socioassistenciais que irão realizar visitas domiciliares junto às famílias em situação de vulnerabilidade e risco social. Iniciada na segunda-feira (21), o evento visa atender também os municípios de Muaná, Gurupá, Soure, Salvaterra, Curralinho, Afuá, Anajás, Cachoeira do Arari e Ponta de Pedras. O encerramento ocorre nesta sexta-feira (25).
O Criança Feliz é um programa do governo federal de livre adesão, que pretende trabalhar de forma articulada com os Ministérios da Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Assistência Social. Todos esses estão envolvidos no bem estar, na proteção e no desenvolvimento de gestantes e crianças de até 3 anos de idade – a chamada primeira infância, beneficiárias do Bolsa Família e as de até 6 anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
No Pará, 95 municípios já fazem parte desta rede de proteção aos novos brasileiros, o foco é estimular a criança nos primeiros 1000 dias de vida. “A ideia é trabalhar as competências e as habilidades dessas crianças que vivem na pobreza ou extrema pobreza, para que, a longo prazo, elas possam melhorar sua condição social, contribuindo para que esta família aumente sua qualidade de vida”, almeja a titular da Seaster, Ana Cunha.
Técnicos da Secretaria atuam como multiplicadores, responsáveis pela execução do programa e principalmente da capacitação continuada. Nas oficinas, as palestras ministradas são direcionadas ao aprofundamento das abordagens teóricas do guia para visita domiciliar do programa – uma espécie de manual com orientações específicas. “A prioridade desta capacitação é formar profissionais que irão atuar como visitadores e supervisores da primeira infância”, afirma o gerente de Proteção Social Básica, Antônio Sena.
Em domícilio – O Sistema de Visitação é o atendimento domiciliar feito a essas famílias pelos visitadores. Na retaguarda, existe o supervisor, um profissional de nível superior com formação na área social, dando suporte às atividades realizadas pelo visitador. “Nossa missão é contribuir para que haja um atendimento mais especifico à necessidade das famílias”, explica o supervisor do município de Anajás, Evandro Guedes.
Os visitadores funcionam como um elo entre as famílias assistidas com as políticas públicas no âmbito da saúde, educação, cultura e justiça. “Essa capacitação nos ajuda a desenvolver maiores habilidades para lidar com o nosso público-alvo e também a adquirir conhecimento para otimizar o nosso tempo na realização de todas as visitas planejadas”, disse o visitador do município de Salvaterra, Elinaldo Delfim. Estes visitadores são responsáveis pelo acompanhamento de trinta famílias que devem ser assistidas semanalmente, dessa forma serão realizadas cerca de seis visitas por dia.
A consultora do MDS, Roberta Souza, ressalta a importância dessa capacitação para a implantação do programa. “É nesse momento que reforçamos e repassamos todo o conteúdo do programa, orientamos qual a metodologia que eles devem utilizar para realizar as visitas. Enfim, esclarecemos o papel dos visitadores e supervisores na implantação das ações do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) no âmbito do Programa Criança Feliz”, declara.
