Estado e setor produtivo discutem o desenvolvimento da cadeia produtiva da carne
O governador do Pará, Helder Barbalho, determinou a criação de um Grupo de Trabalho para tratar de questões relativas à cadeia agroindustrial da carne no Estado, cuja oficialização deve ocorrer nos próximos dias. O objetivo é identificar e buscar soluções para os gargalos que impedem o crescimento do segmento, hoje responsável por cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado.
A coordenação do grupo ficará a cargo do vice-governador, Lúcio Vale, e terá a participação de diversas secretarias, como a de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), de Segurança Pública (Segup), da Fazenda (Sefa), de Desenvolvimento Econômico (Sedeme), de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), além de outros órgãos, como o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e o setor produtivo.
A determinação surgiu a partir de uma conversa entre o governador, o vice-governador, secretários de Estado e representantes do setor, no final da tarde desta segunda-feira (08), no Palácio do Governo. O segmento é representado pela “Aliança Paraense pela Carne”, que reúne representantes de produtores, da indústria e do varejo, unidos para solucionar problemas comuns e específicos de cada uma das áreas envolvidas.
Potencial - Segundo Francisco Victer, um dos líderes da “Aliança Paraense pela Carne”, atualmente o Pará é responsável por 10% da pecuária brasileira, e possui o quinto maior rebanho bovino (mais de 20 milhões de cabeças), além do primeiro rebanho de bubalinos (cerca de um milhão de cabeças).
De acordo com Francisco Victer, a pecuária no Pará envolve mais de 500 mil pessoas direta e indiretamente, nos 144 municípios, em mais de 120 das 200 mil propriedades rurais do Estado. “Estamos falando de um segmento grande, forte. Nós acreditamos que o progresso da pecuária pode ser um dos fatores mais decisivos para alavancar o desenvolvimento do Pará no seu todo”, destacou.
Francisco Victer disse que o surgimento da “Aliança” é um esforço do setor privado para buscar parcerias com o Governo, e assim incrementar o segmento, e também para colaborar com o Estado na busca da regularização fundiária e ambiental da atividade, além do enfrentamento à clandestinidade e abertura de novos mercados para o produto paraense. “Nós confiamos na liderança do governador para que possamos conquistar novos e bons mercados, porque isso faz uma enorme diferença na rentabilidade de toda a cadeia”, acrescentou Francisco Victer.
Novos mercados - Além da criação do grupo de trabalho, o governador Helder Barbalho também se comprometeu a discutir com o Ministério da Agricultura, em Brasília, alternativas para a abertura de novos mercados internacionais para a carne paraense, que hoje já tem certificação internacional e é vendida para diversos pontos do planeta, como Egito, Arábia Saudita e Hong Kong, mas ainda está fora de mercados importantes, como União Europeia, China e Chile. “Nós queremos construir o ambiente de negócios para que o segmento possa crescer, sem dúvida”, afirmou Helder Barbalho.
Também participaram da reunião o secretário de Desenvolvimento Econômico, Iran Lima; o titular da Sedap, Hugo Suenaga, e Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).
