I Café Mundiar debate a permanência do aluno em sala de aula
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promoveu nesta sexta-feira (25), no auditório da Faculdade Maurício de Nassau, em Belém, um evento inédito para estimular estudantes, e assim evitar o abandono dos estudos. O “I Café Mundiar” foi um bate-papo entre profissionais de vários setores e estudantes do Mundiar - projeto desenvolvido pela Seduc em parceria com a Fundação Roberto Marinho, com o objetivo de acelerar a aprendizagem, compatibilizando a idade do aluno com o ano de estudo.
Segundo o coordenador Estadual do Projeto Mundiar, Marcos Lopes, o “I Café Mundiar” foi uma ação inovadora, destinada a discutir diversas temáticas relacionadas às experiências de profissionais convidados para fazer relatos sobre suas formações e carreiras. O evento visou motivar os alunos do projeto a continuarem estudando até a universidade.
Participaram do bate-papo profissionais das áreas de Comunicação, Direito, Nutrição, Marketing e Administração, além de um piloto de avião e uma comissária de bordo.
Para a jornalista Carla Viana, que conversou com os estudantes, a experiência de dividir informações sobre sua trajetória profissional e rotina de trabalho foi um aprendizado. Carla disse que também é poeta, e se emocionou quando o angolano Jurilson de Assunção, aluno do Mundiar, declamou um poema. “A gente sente que o projeto tem conseguido atingir seu principal objetivo: ‘mundiar’ e encantar o estudante que havia perdido a motivação para estudar”, reiterou Carla Viana.
Atualmente, estão matriculados no “Mundiar” 19 mil alunos. Desde sua implantação, em 2014, já se matricularam no projeto cerca de 50 mil estudantes. Somente em 2016, mais de 300 alunos oriundos do programa entraram na universidade, inclusive em cursos bastante concorridos, como Medicina, Engenharia, Odontologia e Direito.
Retorno - Luan Levy, 20 anos, aluno da Escola Brigadeiro Fontenelle, no Bairro da Terra Firme, também emocionou a plateia com o depoimento sobre seu retorno à sala de aula do Projeto Mundiar. Ele disse que decidiu voltar a estudar depois de ter abandonado a escola aos 16 anos, para trabalhar. “Contei para um colega que eu havia retornado à escola, mas ele tentou me desestimular. Então, chamei esse amigo para ele conhecer o Mundiar e, hoje, ele também está estudando”, disse Luan Levy, que decidiu ser oficial das Forças Armadas.
Mais de 90% das escolas públicas do Pará oferecem o Projeto Mundiar nos três turnos. Podem participar alunos do 6º e do 7º ano do Ensino Fundamental, a partir de 13 anos, e do 1º ano do Ensino Médio, a partir de 17 anos. No site www.seduc.pa.gov.br os interessados podem obter mais informações sobre o projeto e como fazer a matrícula. (Colaboração de Kátia Aguiar).
