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Campanha 'Março Lilás' alerta sobre câncer do colo do útero

Por Redação - Agência PA (SECOM)
08/03/2019 15h19

Campanha ’Março Lilás’ alerta sobre câncer do colo do úteroNa próxima segunda-feira (11), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) lança, no auditório do Instituto da Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev), a Campanha “Março Lilás por todo o Pará – Prevenção e Controle do Câncer do Colo do Útero”. A ação busca a mobilização das mulheres e ainda chamar a atenção da população paraense sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer do colo do útero.

As principais ações da campanha são a busca ativa de mulheres de 25 a 64 anos de idade para realizarem o exame preventivo do câncer do colo do útero (PCCU) nas unidades de saúde; estímulo à vacinação contra HPV; e realização de mutirões de procedimentos de diagnóstico e tratamento de lesões precursoras do câncer do colo uterino, por meio de consultas especializadas, colposcopia, biópsia e exérese de zona de transformação do colo do útero (EZT).

Os mutirões incluem o atendimento de 100 mulheres na Unidade de Referência Materno-Infantil e Adolescente (Uremia), 60 mulheres no Hospital Regional de Breves (HRB), 10 cirurgias de câncer do colo do útero no Hospital Regional Público do Leste em Paragominas e 30 cirurgias ginecológicas no Hospital de Ipixuna.

Meta de exames – De acordo com a coordenadora estadual de Atenção à Oncologia, Patrícia Martins, em 2019, o Pará tem a meta de realizar cerca de 250 mil exames preventivos do câncer do colo do útero. A ideia é alcançar 40% do indicador de saúde 11, que é a razão de exames citopatológicos do colo de útero em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos – em 2018, mais de 100 mil exames deixaram de ser realizados.

“A campanha visa, especialmente, o incentivo aos municípios, para que façam a busca ativa das mulheres que nunca fizeram o exame ou estão há três anos sem fazê-lo; a ampliação da oferta do PCCU; e a melhoria na qualidade do exame citopatológico. Também queremos levar informações e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção e controle do câncer uterino, assim como alertar para os sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar atendimento na rede de atenção à Saúde no SUS”, explicou.

Segundo Patrícia, a campanha se justifica porque, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a região Norte se destaca no cenário nacional por ser a única onde o câncer uterino é o mais incidente e é a maior causa de morte por câncer entre as mulheres, superando o câncer de mama, que é o maior do país. “A estimativa, conforme o Inca, é que haja 860 novos casos de câncer do colo uterino em 2019, no Pará”, acrescentou.

Para se ter uma ideia da situação, dados coletados de 2009 a 2016 nas Unidades de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Ophir Loyola (HOL), Hospital regional do Baixo Amazonas (HRBA) e Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB),  apontam que o câncer do colo do útero foi o mais prevalente no Pará, com 2.537 casos, seguido do câncer de mama, com 2.206 casos. No que se refere aos óbitos por câncer cervical, o Estado vem registrando queda desde 2016, quando foram registrados 350 óbitos. Em 2017, esse número caiu para 346 e, em 2018, para 321.

Patrícia enfatizou que o exame preventivo é a principal estratégia para detectar lesões precursoras do câncer e fazer o diagnóstico da doença e sua realização periódica permite reduzir a morbimortalidade pela doença. “O exame pode ser feito em unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados para isso, já que o material só pode ser colhido por um profissional enfermeiro”, observou.

HPV – A coordenadora do setor da Sespa falou, ainda, da importância de elevar a cobertura vacinal contra o Papilomavírus Humano (HPV) no estado, uma vez que o câncer do colo de útero é causado pela infecção persistente de alguns tipos desse vírus chamados oncogênicos. Segundo a Coordenação Estadual de Imunizações, no Pará, em 2018, a média de cobertura total de ambos os sexos foi de apenas 18%, e o ideal é que esse percentual ultrapasse os 80% ao ano. A vacina está disponível nas unidades de saúde para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

Eventos – Sobre a programação da campanha, Patrícia informou que a abertura, na próxima segunda, contará com palestras sobre “O que é o Câncer do Colo do Útero, Prevenção, Diagnóstico e Tratamento”, “Epidemiologia e Rede de Serviços de Média e Alta Complexidade no Controle do Câncer do Colo do Útero”, e apresentação da campanha e seus objetivos.

No dia 16 de março, haverá mobilização na Praça Olavo Bilac, no bairro da Terra Firme, tendo como público-alvo mulheres e comunidade em geral. As pessoas terão acesso à avaliação de saúde e rastreamento de fatores de risco; além de práticas de Educação em Saúde; serviços de saúde bucal com palestras educativas e escovação supervisionada; consultas médicas; verificação de pressão arterial e teste de glicemia; aplicação de vacinas tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), difteria e tétano, febre amarela e HPV; avaliação e orientação nutricional; testes rápidos de sífilis, HIV e hepatite; prevenção de queda na terceira idade; orientação sobre aleitamento materno; distribuição de carteira de saúde para os adolescentes e orientação sobre combate ao tabagismo.

Já no dia 21 de março, no auditório do HOL, será realizado o Seminário Técnico sobre Detecção Precoce, Diagnósticos e Tratamento do Controle do Câncer do Colo do Útero para 150 profissionais de saúde e áreas afins dos municípios, Centros Regionais de Saúde e outras instituições.

Nessa área de capacitação, também haverá, de 25 a 29 de março, um curso de atualização no Controle do Câncer de Mama, Colo de Útero e Coleta de Papanicolau, promovido pela Escola Técnica do SUS (ETSUS), em parceria com a Uremia, para 20 enfermeiros da Região Metropolitana de Belém (RMB).

A Campanha Março Lilás será encerrada com uma grande caminhada, no dia 31 de março, no Parque do Utinga, em parceria com a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).