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Palestras destacam trajetória de política social das mulheres

Por Redação - Agência PA (SECOM)
11/03/2019 14h32

A Imprensa Oficial do Estado (IOE) realizou, nesta segunda-feira (11), uma mesa de debates pelo Dia Internacional da Mulher. O tema discutido foi “A luta histórica pela emancipação das mulheres e os desafios atuais”. O encontro contou com a presença da mestra em Direitos Fundamentais e conselheira Estadual dos Direitos das Mulheres, Sandra Regina Alves Teixeira, e da historiadora Leila Mourão Miranda.

Com um corpo de servidores formado em sua maior parte por mulheres, o presidente da IOE, Jorge Panzera, além de parabenizá-las pela data, destacou a importância do papel desenvolvido pelo público feminino, seja na autarquia, seja na sociedade em geral.

Panzera lembrou o papel fundamental da mulher como geradora de vidas, pontuou, acrescentando que o esforço de gerar uma sociedade mais igualitária passa pelo respeito à diferença. “Isso só se faz com a união de homens e mulheres”.

Segunda Sandra Teixeira, foi fundamental a organização dos movimentos sociais femininos para consolidar os direitos de emancipação social, politico e econômico das mulheres. “As mulheres conquistaram o direito à educação, a entrada no mercado de trabalho, mas de certa forma não há uma igualdade de direitos”, pondera.

Teixeira acredita que as mulheres continuam sendo discriminadas, estigmatizadas, “embora exista um arcabouço da legislação que protege as mulheres, como a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, das medidas protetivas, mas a gente percebe as inúmeras violações em relação e esses direitos”.

A historiadora Leila Mourão Miranda traçou um panorama sobre a condição feminina ao longo da história, mostrando as diversas fases por que a mulher passou. “No Brasil, é uma longa luta que ainda não chegou ao fim. Ao longo da história, a mulher foi considerada uma cidadã sem nenhuma categoria. Depois, de segunda categoria. Só no século XX é que ela vai despontar como uma cidadã, com direito ao voto”.

Leila Mourão Miranda destacou, ainda, a desigualdade salarial entre homens e mulheres, citando a pesquisa do IBGE da última semana que demonstrou que as mulheres, de maneira geral, recebem 20% a menos que os homens exercendo a mesma função.  “O que observamos é que uma série de conquistas já consolidadas estão sendo perdidas. A reforma trabalhista veio e quem foi mais prejudicado foram às mulheres. O pacote anticrime também me preocupa muito”, finalizou.