Seaster e Unicef fortalecem acolhimento a indígenas venezuelanos
Técnicos da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) participaram na manhã desta sexta-feira (22), em Belém, de capacitação promovida pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), no escritório da ONU. A capacitação teve como objetivo nivelar e aprimorar o atendimento aos venezuelanos da etnia Warao na capital paraense, e fortalecer o trabalho realizado por órgãos estaduais, municipais e entidades civis com os refugiados.
Os servidores da Coordenadoria de Proteção Social de Alta Complexidade da Seaster que participaram do evento formam a equipe responsável por planejar, coordenar, monitorar e avaliar as ações desenvolvidas na Casa de Passagem Estadual Domingos Zahluth, que atualmente acolhe 107 indígenas. A capacitação iniciou na manhã de quinta-feira (21) e foi encerrada na tarde de sexta.
Catalina Sampaio, chefe do Escritório da Agência da ONU para Refugiados em Manaus (AM), disse que a Agência foi convidada pelo Unicef para visitar o Pará e acompanhar o fluxo de indígenas. “Desde segunda-feira estamos visitando o Estado. Estivemos em Santarém, e agora em Belém, para realizar um diagnóstico sobre a resposta que está sendo oferecida sobre esse fluxo de indígenas Warao. É importante que as pessoas envolvidas no atendimento aos refugiados se comuniquem e compartilhem conhecimentos. Então, nada melhor do que trocar experiências e compartilhar boas práticas”, informou Catalina Sampaio.
Segundo Jaqueline Almeida, consultora da Área de Proteção e Emergência do Unicef, é importante unir esforços para garantir um bom atendimento a essa população. “Esse fluxo migratório que chega a Belém traz uma série de demandas e complexidades. Logo, o atendimento a essa população não pode ser feito apenas por um ente. É preciso acontecer exatamente o que está havendo aqui nessa oficina, a união de atores sociais, entre o município e o estado, esforços junto com a sociedade civil, com as instituições de pesquisa e Justiça, a fim de que todos possam pensar nas melhores necessidades de ofertas”, ressaltou a consultora.
Proteção integral - O acolhimento aos índios venezuelanos da etnia Warao vem sendo realizado em Belém, desde o final de 2017, por meio de ações que buscam oferecer um serviço destinado à proteção integral e à prevenção de situações de negligência, violência e isolamento, além de restabelecer os vínculos familiares e sociais que possibilitem a convivência comunitária.
Segundo a diretora de Assistência Social da Seaster, Verena Arruda, neste sentido é fundamental o papel do Estado em prestar apoio técnico, para que os municípios possam executar a Política de Assistência Social. “Nosso interesse está em continuar o trabalho de articulação em rede, através de apoio técnico operacional, para que a política para esta população seja realizada de forma integrada, e assim possamos garantir a assistência e o acolhimento necessário para esta população”. (Colaboração de Camila Santos).