Sespa orienta foliões sobre o combate às infecções sexualmente transmissíveis
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA) realizará, durante o Carnaval, diversas ações de combate as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em várias localidades do interior do Estado. A campanha começa nesta sexta-feira (1º) e vai até a próxima quarta-feira (6).
Além de orientar sobre o uso de preservativos e distribuí-los entre os foliões, a Sespa alerta que cada pessoa deve ser prudente e ter cuidado com o próprio corpo. “É importante que as pessoas estejam atentas. Sabemos que é um momento de brincadeira, mas é importante o cuidado com as IST como hepatites virais, sífilis e até mesmo o HIV, que poderiam causas inúmeros transtornos para a vida de qualquer pessoa. O uso de preservativo é uma forma de combater e evitar essas doenças”, diz a coordenadora do IST/Aids da Sespa, Andrea Carolina.
A campanha de combate contra os IST estarão presentes nos 144 municípios paraenses, mas, em locais com maior concentração de pessoas, as ações serão mais intensas. “Algumas regionais de saúde realizam campanhas em blocos, com stands e orientação. Localidades com maior apelo popular como Vigia, Castanhal, Marudá, Marapanim, Salinópolis, Capanema, Bragança, Santa Maria, Ipixuna, Abaetetuba, Barcarena, Santarém serão algumas das que a presença da Sespa será maior”, diz Andrea.
Orientações – A Sespa orienta a população a conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV, pois essa atitude pode aumentar muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem faz o teste com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde, ganha em qualidade de vida.
Quem passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, o ideal é que faça o teste anti-HIV o quanto antes. O diagnóstico da infecção pelo vírus é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e em 71 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) geridos pelas Secretarias Municipais de Saúde, situados na capital e no interior do Estado.
Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento para facilitar a correta interpretação do resultado pelo (a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).
Casos - Em 2018, entre os meses de janeiro e novembro, 1.034 adultos e seis crianças foram diagnosticados com o vírus HIV no Pará e já estão em tratamento. Nesse mesmo período, 438 adultos e quatro crianças desenvolveram os sintomas da Aids.
No decorrer do ano anterior, 1.797 adultos e 15 crianças foram diagnosticados com o vírus HIV no Pará e iniciaram tratamento pelo SUS. No mesmo período, outros 798 adultos e 14 crianças manifestaram os sintomas da doença, composta por um quadro de enfermidades ocasionadas pela perda das células de defesa em decorrência da infecção pelo vírus HIV.
Em relação ao número de óbitos, no período de 2014 a 2017 houve uma redução de mais de 4,8% no coeficiente de mortalidade no Pará, que passou de 8,2 para 7,8 óbitos por 100 mil habitantes. Essa redução de mortes por Aids no Estado foi certificada pelo Ministério da Saúde, no dia 27 de novembro de 2018, por ocasião do lançamento da mobilização nacional em alusão do Dia Internacional de Combate à Aids.
Demais levantamentos da Coordenação Estadual de IST/Aids, disponíveis na seção “Epidemiologia” na página (http://aids.saude.pa.gov.br/), indicam que, entre janeiro e novembro do ano passado, 555 pessoas morreram no Pará devido a complicações causadas pela Aids - na maioria homens, numa proporção que ultrapassa os 60%. Em relação às faixas etárias que predominam estar com a infecção no Pará, estão a que estão entre 20 e 30 anos; 30 e 40 anos e de 50 a 60 anos.