Hospital Ophir Loyola normaliza abastecimento de quimioterápico
A gestão do hospital informou sobre a normalização no abastecimento do medicamento Trastuzumabe (herceptin), um quimioterápico classificado como anticorpo, que estava em falta desde novembro do ano passado
Hospital Ophir Loyola normaliza abastecimento de quimioterápicoUma comissão do Hospital Ophir Loyola recebeu nesta quinta-feira (28), em Belém, um grupo de manifestantes, que solicitou a aquisição de medicamento e melhorias no atendimento. A comissão - formada por servidores da Diretoria-Geral, Superintendência do Instituto Central, Assessoria Jurídica, Ouvidoria e Diretoria Clínica - ouviu as demandas e respondeu aos questionamentos de representantes de entidades ligadas à causa do câncer, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA).
A gestão do hospital informou sobre a normalização no abastecimento do medicamento Trastuzumabe (herceptin), um quimioterápico classificado como anticorpo, que estava em falta desde novembro do ano passado. Apesar de todas as providências necessárias, o remédio só foi entregue na quarta-feira (27) pelo Ministério da Saúde, responsável pela aquisição de forma centralizada, e posterior repasse às secretarias Estaduais de Saúde, que faz a distribuição aos hospitais. O fluxo de atendimento iniciou ainda na tarde de ontem (27), e se estenderá por todo o período de Carnaval.
Transparência - “Temos o interesse de fazer uma gestão transparente. Recebemos todos que estavam presentes, e esclarecemos que todo o processo de aquisição do medicamento citado é centralizado pelo Ministério da Saúde, e informamos que todo o planejamento para aquisição do segundo trimestre já foi enviado ao Ministério, para que não haja nenhum tipo de pendência”, informou o diretor-geral, José Roberto Lobato.
O superintendente do Instituto Central, Salomão Kahwage, explicou que, em relação aos medicamentos de componentes especializados enviados pelo Ministério da Saúde, é feita uma programação trimestral. “Para receber a medicação referente ao primeiro trimestre do ano, a programação deve ser feita em novembro do ano anterior. Em dezembro, o Ministério consolida e envia às secretarias para dispensação aos hospitais, que distribuem aos pacientes", esclareceu.
Em relação aos medicamentos adquiridos pelo Hospital Ophir Loyola, o superintendente disse que a compra é feita para 30 ou 60 dias, com programação quinzenal de acordo com o orçamento da instituição. “A diretoria se comprometeu a receber as pacientes para ouvir as requisições, elogios e queixas referentes ao atendimento, assim como informar o quantitativo de pacientes em tratamento e quantos precisam de medicamentos, para mostrar que hoje existe uma gestão participativa e transparente”, acrescentou.
Após a reunião, ficou definido que o hospital enviará uma minuta com as resoluções acordadas. Novas reuniões serão realizadas entre representantes da sociedade civil e a direção. "Eles se propuseram a nos ouvir, para que a gente exponha as situações, as reclamações e as mudanças desejadas. O que a gente quer é isso, ser ouvida, para que o serviço funcione”, disse Josiane Damasceno, representante da Rede Mais Vida do Instituto Oncoguia.
O “Ophir Loyola” passa por uma consultoria do Hospital Sírio-Libanês, considerado um centro de referência internacional em saúde, e está reformulando todo o processo de fluxo e protocolo. Os profissionais passarão por qualificação, principalmente aqueles que atuam em áreas de ponta, fazendo o atendimento, a fim de promover um melhor acolhimento, cada vez mais humanizado aos pacientes.