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Parceria entre Emater e Movimento de Mulheres apoiará 700 agricultoras do nordeste paraense

Por Redação - Agência PA (SECOM)
01/02/2019 13h59

Setecentas agricultoras de 43 comunidades, em 14 municípios do nordeste paraense, serão beneficiadas com um convênio entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e o Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMnepa). A parceria iniciou, na quarta-feira (30), com uma reunião no escritório central da Emater, em Marituba, região metropolitana de Belém.

O objetivo da parceria é fortalecer e direcionar ações, programas, eventos, crédito e capacitações voltadas para o público feminino. Iniciativas como implantação de viveiros, educação ambiental e comercialização de produtos para a merenda escolar, poderão ser projetadas em caráter prioritário e específico para as mulheres, em prol da igualdade de gênero e da compensação socioeconômica.

Para a presidente da Emater, Cleide Amorim, a extensão rural, na perspectiva feminina, é fundamental para a estruturação das famílias e, por conseguinte, alavancar cadeias produtivas: “Nós, as mulheres do campo, profissionais da Emater ou de outras instituições; lutamos, historicamente, por mais espaço no mercado de trabalho e de oportunidades”, comentou.

“Uma agricultora familiar documentada, com crédito, com acesso a tecnologia, podendo adquirir aposentadoria rural e usufruindo das políticas públicas que lhe são de direito, é uma força sem limite para o desenvolvimento sustentável do Pará”, resume Cleide Amorim.

Algumas das atividades que podem ser feitas e que as mulheres devem ser encorajadas são, por exemplo, a apicultura, a fruticultura e a produção de produtos para mercados diferenciados, como o arroz vermelho, que mulheres de Salinópolis já vêm plantando.

“Entendemos que a Emater pode nos ajudar com a certificação do mel, com o combate a pragas e doenças na fruticultura, com a comercialização de produtos, com a participação em feiras e outros eventos. São muitas possibilidades”, diz a coordenadora geral do MMnepa, Maria Janaína Lima.

No universo das associadas, o qual contempla moradoras de zonas rurais e periurbanas, existem assentadas da reforma agrária, artesãs, extrativistas e quilombolas, entre outras categorias. Muitas são chefes de família, dependem de bolsa-família e têm baixa escolaridade.

“O MMnepa é um ambiente de geração de trabalho, renda e também de empoderamento. A independência financeira é um divisor de águas na vida da agricultora familiar. Digo que, quando eu pago a conta, posso escolher quem senta à minha mesa. Uma mulher rural, com condições de trabalho e renda, com acesso a educação e saúde, é uma mulher com muito mais defesa para a violência doméstica, é uma mulher com mais condições de administrar a possibilidade de maternidade ou de lidar com as exigências de mãe, é uma mulher preparada para o mundo e esse resultado repercute na sociedade inteira”, finaliza a coordenadora de projetos do MMnepa, Rita Teixeira.