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Hospital Metropolitano realiza mais de 560 mil atendimentos em 2018

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/01/2019 18h23

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, realizou mais de 563 mil atendimentos em 2018. Referência no tratamento de média e alta complexidades em traumas e queimados no Pará pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a unidade de saúde oferece cirurgias, exames laboratoriais e por imagem, internações, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais. 

São 198 leitos operacionais nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria, cirurgia plástica exclusivo para pacientes vítimas de queimaduras, além de leitos de UTI. Somente na Urgência e Emergência foram 15.934 usuários atendidos no ano passado, não só da Região Metropolitana de Belém, mas também de outros municípios do Estado e de fora do Pará.

A médica Janete Maria Moura, que reside e trabalha em São Paulo em um Hospital Estadual que também é referência em queimados, em passagem por Belém sofreu um acidente marítimo com a explosão da lancha onde ela e os familiares estavam a bordo. Com 20% do corpo atingido por queimaduras de 2º para 3º grau, Janete foi atendida no HMUE e relatou que foi surpreendida pelo excelente pronto-atendimento multidisciplinar.

“Médicos especialistas, técnicos de enfermagem, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, terapeuta ocupacional, assistente social, exames laboratoriais, radiográficos e medicamentos de primeira linha. Não poderia deixar de enfatizar que o Hospital Metropolitano é o melhor do Brasil”, afirmou a paciente.

A Unidade, gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), tornou-se também uma referência em bom atendimento e em práticas humanizadas para com seus pacientes, princípios que fizeram o HMUE conquistar 98,64% de satisfação dos usuários no ano de 2018.

Boas práticas - De acordo com o Diretor Hospitalar da Unidade, Itamar Monteiro, em 2018 foi possível consolidar as políticas de segurança do paciente, implantar protocolos assistenciais e desenvolver os processos visando maior assertividade no acolhimento aos usuários de forma humanizada e ágil. 

“Reestruturamos nosso Pronto Atendimento, trazendo maior eficácia e organização para suporte de urgência e emergência, priorizamos a assistência aos pacientes com o perfil de atendimento do HMUE, ou seja, vítimas de traumas e queimaduras. Dessa forma eliminamos a incidência de pacientes atendidos em corredores, oferecendo maior segurança em estrutura e assistência médico hospitalar”, destacou o gestor.

Os avanços e investimentos da Unidade renderam ao Hospital Metropolitano o reconhecimento da ONA (Organização Nacional de Acreditação), uma das principais entidades avaliadoras das instituições prestadoras de serviços de saúde no Brasil. Em 2018, o HMUE se tornou o 1º hospital público de trauma e queimados do Norte com certificação ONA 1 – Acreditado. O selo é conferido a instituições que atendem a critérios de segurança do paciente em toda a atividade hospitalar, englobando aspectos assistenciais e estruturais. 

Espaço de acolhimento transitório - No ano de 2018, o Hospital Metropolitano inaugurou ainda um espaço de acolhimento transitório para atender acompanhantes ou familiares de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI), Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) e Sala Amarela, que é uma área que necessita de cuidados especiais para usuários em estado crítico. O objetivo é proporcionar toda a assistência necessária para aqueles que são de cidades do interior do Pará ou outro Estado, e possam ter mais conforto para o descanso físico e emocional.

O espaço de acolhimento do Hospital comporta até 12 pessoas. A estrutura conta com uma recepção, quartos femininos e masculinos com beliche e redes, disponibilidade de enxovais para as camas, banheiros com chuveiros e armários de parede para guarda de pertences.

Suelaine Galvão Brito, 39 anos, que acompanha a irmã hospitalizada com queimaduras de terceiro grau no corpo após acidente doméstico ocorrido na cidade de Araguaína, Estado do Tocantins, foi uma das primeiras a utilizar o ambiente. A acompanhante diz que, após os médicos de Araguaína terem dito que sua irmã não teria mais chances de sobrevivência, ela iniciou uma longa luta para transferência até conseguir chegar no HMUE.
 
“Aqui minha irmã foi recebida da melhor forma possível e logo começou a apresentar melhoras, nunca imaginei que fosse ter toda essa atenção da equipe assistencial do Metropolitano, só tenho a agradecer”, declarou. 

Métodos assistenciais inéditos - Dois novos processos de trabalho assistencial implantados no Hospital Metropolitano em 2018 têm ajudado a melhorar o atendimento prestado aos pacientes da Unidade. Trata-se da medicina hospitalista e do primary nurse, enfermeiro principal em tradução livre, que são duas iniciativas que estreitam os laços entre os profissionais de Medicina e Enfermagem com os usuários internados no HMUE. 

Métodos de trabalho amplamente difundidos em hospitais norte-americanos, o Metropolitano é o primeiro Hospital na região Norte a oferecer este tipo de cuidado, em que as características estão inseridas no manejo centrado no paciente. Os processos trouxeram resultados positivos, como a aumento da rotatividade de leitos, a redução no número de incidentes e redução de custos.

Ao implantar a medicina hospitalista, o HMUE segue a tendência de concentrar nos profissionais da área de assistência aos pacientes cirúrgicos em uma modalidade denominada de co-manejo clínico-cirúrgico. O modelo assistencial de primary nurse foca no cuidado do paciente como um todo para traçar o plano que será executado em 24 horas. 

Responsável pela implantação dos projetos na unidade, a médica do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), Nelma Machado, explicou que o aumento do giro de leitos constatado com a aplicação dos dois métodos de trabalho permite que a unidade receba mais pacientes. “Quanto menos um paciente fica em um leito, mais pacientes poderão utilizar aquele leito, fazendo com que o hospital sirva ainda mais à sociedade”, contou.