Profissionais de Saúde da Susipe recebem capacitação da Sespa sobre Hepatites Virais
Durante toda esta terça-feira (24), cerca de 30 profissionais da Divisão de Saúde Prisional (DSP) da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) participam de uma capacitação sobre Hepatites Virais, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O treinamento faz parte do calendário anual de capacitação da Susipe e atende à Política Nacional Integral às Pessoas Presas do Sistema Prisional (Pnaisp), que prevê a inclusão da população penitenciária no SUS.
Em 2015, a novidade do treinamento é a introdução dos testes rápidos para diagnóstico das doenças em todas as 41 unidades prisionais do Estado. Nos últimos três anos, dez casos da doença foram registrados dentro das casas penais do Pará. Antes da chegada dos testes rápidos o diagnóstico das hepatites só era possível após exames e consultas dos internos fora das penitenciárias.
“A partir de agora, com os testes rápidos, vamos poder pular etapas que antes nos demandavam tempo. Com a resposta positiva para a doença nós já podemos solicitar a coleta de sangue e encaminhar para o Laboratório Central do Estado para análise e começar o tratamento imediato”, explica a técnica de saúde da DSP, Adriana Diniz.
Além de identificar casos de internas e internos, já custodiados pela Susipe, os teste rápidos poderão ser realizados naquelas pessoas que acabam de chegar ao Sistema, no momento da triagem nas casas penais. “O teste realizado na triagem é uma revolução no atendimento à saúde dos detentos. Tendo identificado que determinada pessoa está infectada pelo vírus da hepatite nós já tomamos todo o cuidado necessário para que outros internos não contraiam a doença”, conta Adriana.
Por serem doenças de fácil transmissão como: relação sexual, contato direto com o sangue, escova de dente, lâmina de barbear, alimentos contaminados, entre outros, as hepatites devem ser controladas e diagnosticadas rapidamente. Desta forma, com a implantação dos testes rápidos no Sistema Penitenciário, aumenta-se a capacidade de contenção dos vírus e eficácia do tratamento.
“Nosso objetivo maior nesse treinamento é entender a resposta que o teste rápido nos dá. Ainda que esse tipo de teste não anule a sorologia, que é um exame mais detalhado, ele é de fundamental importância no controle e prevenção das hepatites”, diz o técnico da Coordenação Farmacêutica da Sespa, Marcos Santos.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. A ausência do tratamento acarreta na evolução da doença causando danos maiores ao fígado como cirrose e câncer.